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Presidente do episcopado colombiano critica uso de grampos ilegais no país

Colômbia (Terça, 03-03-2009, Gaudium Press) Ao comentar o polêmico caso das interceptações telefônicas ilegais feitas pelo Departamento Administrativo de Segurança (DAS) da Colômbia, que segundo investigações gravou sem autorização judicial conversas de magistrados, jornalistas e políticos da oposição, o presidente da Conferência Episcopal e arcebispo de Barranquilla, monsenhor Rubén Salazar Gómez, qualificou o episódio ontem de “crime no interior do Estado”.

O prelado rechaçou veementemente os grampos ilegais e sustentou que é urgente a “purificação” das instituições para se ter um Estado “limpo” e “alcançar a paz”.

“Infelizmente, a Colômbia é um país que não aprende. Vivemos sempre no limiar ou dentro do crime, um problema gravíssimo para o qual se deve procurar a purificação, urgentemente, de todas as instituições”.

O presidente dos bispos colombianos afirmou ainda que somente quando todo o aparato e as instituições estatais da Colômbia forem transparentes o país poderá alcançar a paz. “Quando tivermos um Estado limpo e democrático, vamos poder construir a paz; enquanto, porém, acontecerem crimes de toda e qualquer natureza no interior do governo, indubitavelmente que a própria vida da nação estará ameaçada”.

Monsenhor Salazar comentou também os efeitos da crise econômica no país, ao citar dados apresentados pelo Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas (DANE), segundo os quais em torno de dois milhões de pessoas estão desempregadas na Colômbia.

“Lamentavelmente, estamos vivendo uma crise que não é só colombiana, mas que tem forte repercussão em todos os estratos da nossa sociedade. Temos de ser mais solidários, porque haverá muitas pessoas sofrendo por causa do desemprego e da diminuição da renda, entre outros problemas”, pediu o religioso.

 

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