Pastoral da Saúde lança projeto piloto contra a obesidade infantil em Maringá
Maringá (Quinta-Feira, 18-11-2010, Gaudium Press) A Pastoral da Saúde lança um novo projeto de combate à obesidade infantil. Em caráter experimental, o projeto começará pelas cidades de Maringá e Cascavel, no estado do Paraná. Na última quarta-feira (17), o coordenador internacional da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann (médico e filho da fundadora da Pastoral, Zilda Arns) já participou de uma das tantas capacitações que serão realizadas com líderes da Pastoral nos dois municípios paranaenses, com o objetivo de prepará-los para atuarem contra esse mal que cresce cada dia mais no Brasil.
Conforme Nelson Arns, nova realidade faz com que obesidade seja um problema tão grave quanto desnutrição infantil |
Segundo dados da última pesquisa de demografia e saúde feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 7% das crianças com menos de cinco anos estão acima do peso, número três vezes maior que o índice aceito pela Organização Mundial de Saúde. Essa nova realidade, de acordo com Nelson Arns, faz com que a obesidade seja um problema tão grande quanto a própria desnutrição infantil no Brasil e no mundo. O médico explicou que os alimentos de alto valor calórico, como açúcar e farinha, continuam baratos, e isso aliado ao fato de que os espaços para as crianças brincarem estão diminuindo, faz com que surja o sobrepeso em crianças. “Mas o que importa é que dá para prevenir isso”, salientou.
Na tentativa de conter o problema, nessa fase inicial o projeto piloto será dividido em duas etapas: na primeira será realizada a capacitação de todos os agentes da Pastoral de Cascavel e Maringá, para que eles entendam a questão da obesidade e como prevenir e através desse conhecimento partilhem com as mães essa experiência; na segunda etapa será enfatizada a questão das medidas, pois para medir a obesidade será necessário aferir a relação entre o peso e a altura da criança, o que apontará o índice de massa corporal para a idade.
Para Nelson Arns, essa abordagem será um pouco mais complexa e o diagnóstico será realizado na Pastoral da Criança das cidades escolhidas. Ele também destacou que o trabalho nas paróquias será feito de duas formas: metade das paróquias realizará a pesagem nesse novo molde, e a outra metade fará a pesagem da forma antiga. O objetivo, de acordo com o coordenador, é ver as diferenças e as melhorias entre os dois grupos.
A proposta é trabalhar em Maringá e Cascavel por um ano, e depois desse período fazer uma avaliação, e só então expandir para todo o país. No entanto, se o resultado dessa experiência não for tão bom quanto o esperado, a Pastoral pensará em uma nova forma de intervenção. “O compromisso é muito grande quando atuamos junto a um milhão e setecentas mil crianças gestantes, e, portanto as ações devem ser muito bem feitas e testadas antes de ganhar nível nacional”, concluiu o médico.
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