Para diretor de renomada escola inglesa, educação diferenciada beneficia mais as crianças
São Paulo (Segunda-feira, 01-11-2010, Gaudium Press) Educar os filhos com outras crianças do mesmo sexo, o que é conhecido como educação diferenciada, cada dia ganha mais adeptos no campo educacional. Sobre este assunto, Anthony Richard Morell Little, conhecido como Tony Little, diretor do Eton College, centro educacional britânico tradicional e renomado que se converteu em um dos colégios mais representativos do mundo neste tipo de ensino, falou recentemente. O diretor destacou as vantagens da educação separada por sexos, especialmente para os garotos.
Vista aérea do tradicional centro educacional britânico Eton College |
A entrevista foi concedida ao diário espanhol ABC. Nela, ele destaca que “educar os meninos em uma escola de um só sexo tem muito mais sentido do que se acreditava”. Ele afirmou que amiúde se tratam igual os meninos e as meninas. Para o diretor de Eton, este é um dos fatores que geram um problema nacional com adolescentes escassos de afeto.
Estudos recentes, ressaltou Little, mostraram que os meninos são mais competitivos e – ainda que soe estranho – mais emocionais que as meninas. “Um dos mitos equivocados é que a noção de competição denigre os meninos e os faz sentir mal e inúteis. Mas minha experiência diz que o que incomoda os meninos não é ser superado por outro, mas sobretudo não ter a oportunidade de brilhar”, assinala.
Sobre o aspecto de os meninos serem mais emocionais que as meninas, o diretor do Eton College exemplifica que quando um menino lida com um momento de estresse é normal que ele se comporte de forma impulsiva e exploda. “O cérebro de um menino somente pode fazer frente a uma coisa ao mesmo tempo, e ou ele desconecta ou ele explode quando se sobrecarrega”, explica. Assim, é normal que a certas ocasiões um menino responda de forma brusca, o que não significa que esteja se comportando mal.
Neste sentido, explica Little, não traz muitos benefícios educar meninos e meninas da mesma forma e esperar e “obrigar” que um jovem se comporte “normal”, ou seja, tranquilo e quieto como as meninas, quando a sua maneira de enfrentar situações é totalmente diferente da maneira como fazem as jovens.
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