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“Quem ama está dentro da dimensão essencial da vida e desvela seu sentido mais profundo”, diz arcebispo de Porto Alegre

Porto Alegre (Segunda-Feira, 01-11-2010, Gaudium Press) Na véspera do dia em que os católicos param para lembrar dos seus falecidos, dom Dadeus Grings, arcebispo de Porto Alegre (RS), em um artigo intitulado “Que fazer?”, fala sobre como agir para alcançar a vida eterna, além de ressaltar a importância de valorizar a vida e dar-lhe uma direção.

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Segundo Dom Dadeus, para ter vida plena é preciso fazer algo e não basta uma ação qualquer

O prelado inicia a sua reflexão citando a passagem do Evangelho em que um jovem se dirige a Jesus e pergunta o que fazer para alcançar a vida eterna, recebendo como resposta que só Deus é bom. Em outras palavras, o arcebispo afirma que “só em Deus e por Ele conseguimos descobrir o que verdadeiramente é bom e assim vivermos em plenitude”.

Dom Dadeus salienta que para ter vida plena é preciso fazer algo, e não basta uma ação qualquer, é preciso fazer algo verdadeiramente bom. “Para conseguir isso é necessário procurar a Deus, porque só ele é bom e só ele é capaz de indicar o que é bom para nós e, consequentemente, nos levar para a vida eterna, o que corresponde a dizer que só ele é capaz de dar um verdadeiro sentido às nossas vidas”, reforça o prelado.

Ainda de acordo com o arcebispo, já temos como estabelecido que a vida constitui uma responsabilidade e, portanto, não basta vivê-la de qualquer maneira. “É preciso fazer o bem”, ressalta ele. Dom Dadeus acredita que a vida nos é dada exatamente para isso, pois fazendo o bem tornamos boa a vida. “Cristo é reconhecido bom porque passou fazendo o bem. E para discernirmos o bem do mal precisamos recorrer a Deus. Ele nos fala através de nossa natureza, pela consciência, e através da Revelação, pela fé”, completa.

Para ajudar a humanidade a viver plenamente e feliz, segundo o prelado, Deus traçou as grandes linhas da ação humana nos “Dez Mandamentos”. “Sua vida adquire sentido aqui na terra e se garante para a eternidade”, destaca o arcebispo, referindo-se a quem segue as dez leis pétreas divinas. Aprofundando a compreensão dos Mandamentos, Jesus aponta para o essencial: amar a Deus e ao próximo, diz o arcebispo, que acrescenta: “quem ama viverá para sempre, ou seja, estará dentro da dimensão essencial da vida e desvelará seu sentido mais profundo”.

Outra questão importante mencionada por Dom Dadeus diz respeito ao nosso conhecimento e nossa ação, bem como nossos sentimentos e nossa vontade que se situam no tempo e no espaço. Isto significa, segundo o arcebispo, que estão dispersos e se multiplicam. “Por isso o amor deve especificar-se. Não raro causa apreensões em diversos ambientes e situações: especificar nosso amor para com Deus, envolvendo nossa religiosidade pelos ditames da fé cristã; firmando nossa família pelo sacramento da indissolubilidade; estendendo nossa convivência pela acolhida universal, que transcende raças, credos, gênero, idade, condições de vida; pelo culto da verdade; moldando nossas instituições humanas e eclesiais pela fidelidade…”.

Por fim, o arcebispo conclui lembrando que sem amor nenhuma destas realidades, que nos envolvem, têm consistência nem se apresenta como gratificante e propiciadora de vida em plenitude, com o condão da eternidade. “O amor penetra todas elas e as transforma”, conclui.

 

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