"Deus não julga com preconceitos, nem exclui ninguém”, afirma Bento XVI no Ângelus
Papa refeltiu sobre o Evangelho do dia, que narrava o encontro na cidade de Jericó do publicano Zaqueu, cobrador de impostos, com Jesus |
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 01-11-2010, Gaudium Press) Deus, no seu misericordioso amor, “não exclui ninguém, nem pobres nem ricos”, e oferece ao pecador “a possibilidade de resgatar-se, começar tudo de novo, de converter-se”. O Papa Bento XVI dedicou a fala antes da recitação da oração mariana do Ângelus, neste domingo, ao tema da conversão e da misericórdia divina.
O pontífice refletia sobre o Evangelho do dia, que narrava o encontro na cidade de Jericó do publicano Zaqueu, cobrador de impostos, com Jesus, para a conversão do primeiro. Segundo o Papa, Deus faz coisas que parecem “impossíveis” de serem realizadas, mas que prevalecem devido à sua misericórdia.
“Jesus afirma que é muito difícil para um rico entrar no reino dos céus”, notou Bento XVI, ressaltando, contudo, que prevalece a misericórdia no entendimento de Cristo. “No caso de Zaqueu, podemos ver precisamente que o que parece impossível se realiza porque, como comenta São Jerônimo, deu a sua riqueza e imediatamente substituiu-a com a riqueza do reino dos céus.”
Bento XVI afirmou que Deus “não se deixa condicionar pelos nossos preconceitos humanos, e “consegue converter aqueles que parecem inimigos e pecadores públicos”. Porque em cada um enxerga uma “alma para salvar”.
Após a recitação do Ângelus, o pontífice destacou a figura do bispo romeno Szilárd Bogdánffy, mártir do regime comunista, proclamado ontem beato na catedral de Oradea Mare, na Romênia, pelo cardeal Peter Erdö, ensejando que o “heroico Pastor da Igreja hoje seja um conforto para os perseguidos por causa do Evangelho”.
O bispo Bogdánffy nasceu no dia 29 de outubro de 1911. Era um dedicado professor de teologia e fecundo jornalista. Consagrado bispo, foi preso pela Gendarmeria romena e passou quatro anos de sofrimentos e humilhações.
Em seguida, o Papa dirigiu-se aos fiéis presentes à Praça de São Pedro. Não é sempre que o Papa saúda os fiéis em português. Neste domingo, o fez, dirigindo uma “calorosa saudação”, “de modo especial aos brasileiros vindos de Franca (SP)”. “Esta peregrinação ao túmulo dos Apóstolos vos confirme na fé e no seu anúncio aos outros. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
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