Arquidiocese de Juiz de Fora realiza última sessão sinodal

São Paulo (Sexta-feira, 22-10-2010, Gaudium Press) Desde o último dia 8 de outubro, os olhos da Igreja Católica estão voltados para o Vaticano, onde acontece até o próximo domingo o Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio. No ano passado, o tema discutido pelos padres sinodais foi a questão da participação da Igreja na África, seus desafios e metas para os próximos anos. Aquela foi a segunda Assembleia Especial para o continente africano, sendo que a primeira aconteceu em 1994 – traçando um paralelo entre os dois encontros, houve um notável crescimento no catolicismo na África, onde o número de católicos passou de 102 milhões – equivalente a 14,6% da população – para 164 milhões, representando 17,5% dos africanos.

No sínodo deste ano participam 185 pessoas entre arcebispos, bispos, padres, observadores e leigos e o tema gira em torno da questão dos católicos e da Igreja no Oriente Médio, sobre o que o Papa Bento XVI disse em sua homilia na missa de abertura: “Todos são chamados a dar a sua própria contribuição: a comunidade internacional, apoiando um caminho leal e construtivo em direção à paz”.

Sínodo da arquidiocese de Juiz de Fora tem a participação de mais de 80 paróquias e mil comunidades da município

Mas, qual o significado da palavra sínodo? Ela é de origem grega – sýnodos – e quer dizer: “caminhar juntos”. Dá-se destaque especial ao sínodo realizado no Vaticano, convocado pelo Papa e que geralmente acontece uma vez por ano. Mas poucos sabem que este tipo de assembleia também ocorre nas dioceses e arquidioceses. Em um sínodo diocesano ela ganha o status de “Assembleia de Eclesiásticos e Leigos”, convocados pelo bispo ou arcebispo com o objetivo de “caminhar juntos” segundo um determinado plano. Padres, diáconos, religiosos e leigos dão suas contribuições e opiniões visando ao bem comum da diocese ou arquidiocese.

Paralelamente ao Sínodo dos Bispos que está em andamento em Roma – que conta com a participação do Arcebispo de Aparecida e presidente do Celam, Dom Raymundo Damasceno Assis, criado Cardeal pelo Papa Bento XVI esta semana – a Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) também realiza o seu sínodo. No entanto, a assembleia da arquidiocese mineira teve uma duração mais estendida: começou no dia 13 de dezembro de 2009 e termina no próximo dia 21 de novembro.

Ao todo estão envolvidas mais de 80 paróquias e mil comunidades; três leigos e dois padres de cada uma das 11 foranias da arquidiocese formam os missionários sinodais. O principal objetivo deste sínodo está sendo fomentar o espírito pastoral, deixando de lado o mero estabelecimento de normas. A meta é fazer uma Igreja com mais comunhão e missionária. Aspectos práticos como as orientações para os sacramentos e as estruturas para otimizar o serviço pastoral estão sendo revistos.

Neste sábado (23/10), acontece a partir das 8h30 a quinta e última Sessão Sinodal. Os delegados missionários, o arcebispo metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, e a comissão central da celebração estarão reunidos no Seminário Santo Antônio onde os relatórios das sessões anteriores, os encaminhamentos do sínodo e a missa de encerramento serão discutidos.

Segundo o secretário geral do Sínodo, Pe. Luiz Carlos de Paula, esta sessão é uma das mais importantes porque será o momento de “tomarmos consciência do que realizamos e vamos assumir o que foi refletido e encaminhado”. Ele explica ainda que esta assembleia apresentou muitas sugestões e iniciativas que devem melhorar o trabalho pastoral na arquidiocese.