Dom Raymundo Damasceno comenta sua escolha como novo cardeal
Para Dom Damasceno, Papa demonstrou muito apreço e muita atenção com a Igreja na América Latina |
Roma (Quinta-feira, 21-10-2010, Gaudium Press) Gaudium Press conversou hoje em Roma com Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente do Conselho Episcopal Latino-americano e arcebispo de Aparecida (SP), sobre sua nomeação, divulgada ontem, como mais novo purpurado brasileiro.
O novo cardeal se encontra em Roma para os trabalhos do Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, do qual faz parte, e se disse completamente surpreso com a nomeação em uma breve conversa com a agência. Acompanhe:
GP – Que sinal o Papa quis dar com essa escolha?
Creio que o Papa demonstrou muito apreço, muita atenção com a Igreja na América Latina. Ao Conselho Episcopal Latinoamericano, porque sou presidente do mesmo… Uma atenção não menor para com o Brasil, já que sou bispo de Aparecida e tenho atividades pastorais pelo Santuário Nacional de Aparecida, santuário mariano que recebe mais de dois milhões de peregrinos ao ano.
Uma atenção muito especial para com o Brasil. Esta decisão é um sinal de confiança na minha pessoa e eu pedirei com a ajuda de Deus e com a acolhida de suas orações para que possa colaborar de forma necessária com o Santo Padre no seu ministério petrino, serviço de unidade, por fé na Igreja e serviço pela caridade.
GP – Que mensagens Sua Excelência recebeu após a nomeação?
Inúmeras manifestações de parabéns, de orações pela minha intenção! Praticamente não pude sentir a distância. Era uma chamada atrás da outra, desde ontem, o que me alegra muito. Porque mostra a amizade da gente do Brasil e da América Latina. Recebi telefonemas também da Colômbia, onde está a sede do Celam. Tudo isto me alegra muito. É um grande apoio no início desta missão que o Santo Padre confiou a mim a partir deste momento.
GP – Para Sua Excelência a nomeação foi uma surpresa?
Uma surpresa completa! Fui informado desta designação do Santo Padre um dia antes, na terça pela manhã. Às 10 da manhã. Mas foi uma surpresa completa. Quando me chamaram na Secretaria de Estado, pensava que se tratava mais de uma transferência. De uma diocese para outra, não para o cardinalato. Foi uma inteira surpresa, que me comoveu muito. Porém, por outro lado, tento sempre estar disponível para servir à Igreja como bispo, e agora com esta responsabilidade um pouco maior, que é ser cardeal. Uma convocação para colaborar mais diretamente com o Santo Padre no governo da Igreja.
Anna Artymiak
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