Dom Raymundo Damasceno Assis é nomeado cardeal
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 20-10-2010, Gaudium Press) Dom Raymundo Damasceno de Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente do Celam (Conselho Episcopal Latino-Americano) é o mais novo cardeal brasileiro. Dom Raymundo consta da lista de 24 nomes de religiosos que serão criados cardeais no próximo consistório, apresentada hoje pelo Papa ao final da audiência geral. O terceiro consistório convocado por Bento XVI em seu papado será realizado nos dias 20-21 de novembro, festa de Cristo Rei.
Com Dom Raymundo, agora são nove os cardeais brasileiros |
Além de Dom Damasceno, chefes de dicastérios importantes também constam da lista de novos cardeais: Dom Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos; Dom Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero; Dom Raymond Leo Burke, prefeito do Tribunal da Assinatura Apostólica; Dom Velasio de Paolis, presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé; Dom Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura; Dom Fortunato Baldell, penitenciário-mor do Tribunal da Penitenciária Apostólica; Dom Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; Dom Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho “Cor Unum”.
Todos esses são cardeais eleitores. Também foram nomeados cardeais eleitores: SB Antonios Naguib, Patriarca de Alexandria dos Coptas (Egito); Dom Francesco Monterisi, arciprete da Basílica de São Paulo fora dos Muros; Dom Paolo Sardi, vice-carmelengo da Igreja, e os arcebispos: Dom Medardo Joseph Mazombew, arcebispo emérito de Lusaka (Zâmbia); Dom Raúl Eduardo Vela Chiriboga, arcebispo emérito de Quito (Equador); Dom Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa (República Democrática do Congo); Dom Paolo Romeo, arcebispo de Palermo (Itália); Dom Donald William Wuerl, arcebispo de Washington (Estados Unidos); Dom Kazimierz Nycz, arcebispo de Varsóvia (Polônia); Dom Albert Malcolm Ranjith Patabendige Don, arcebispo de Colombo (Sri Lanka); e Dom Reinhard Marx, arcebispo de Mônaco da Baviera (Alemanha).
Além destes, foram anunciados quatro cardeais não-eleitores, por terem mais de 80 anos: Dom José Manuel Estepa Llaurens, arcebispo ordinário militar emérito (espanha); Dom Elio Sgreccia, presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida (Itália); Dom Walter Brandmüller, presidente do Pontifício Comitê de Ciências Históricas (Alemanha); e Dom Domenico Bartolucci, maestro diretor da Capela Musical Pontifícia (Itália).
Ao colégio cardinalício é reservado o privilégio de eleger o sumo pontífice e assistí-lo em seu ministério petrino. Outro privilégio é a cidadania vaticana e o passaporte diplomático vaticano em latim, língua oficial da Igreja Católica.
Os cardeais são distinguidos em três ordens: episcopal (que levam o título de uma Igreja suburbicária, e os patriarcas orientais), presbiteral e diaconal. Podem ser promovidos a cardeal “homens que estejam constituídos pelo menos na ordem do presbiterado”, afirma o cânon 351 do Código de Direito Canônico Latim de 1983.
A criação de cardeais é uma escolha reservada somente ao Santo Padre e é feita por meio de um decreto tornado público diante do Colégio dos cardeais. O próprio colégio é presidido pelo Decano, hoje o cardeal Angelo Sodano, que foi escolhido depois da eleição de Bento XVI ao papado, que como então cardeal prefeito Ratzinger presidia o colégio.
Mas nem todos os purpurados entram no conclave. O grupo dos cardeais eleitores é feito de 120 pessoas, somente aqueles que não superaram a idade de 80 anos. Até agora são 179 cardeais no Colégio (entre os quais 38 nomeados por Bento XVI), com 102 eleitores. Com os novos 24, o número total de cardeais passará para 203, sendo 121 os eleitores – já que no próximo mês, antes do concistório, o número dos atuais eleitores será diminuído em um, permanecendo em 101. Outros seis estarão fora entre janeiro e abril de 2011.
Até a nomeação de Dom Raymundo, havia oito cardeais brasileiros, sendo quatro eleitores: Cardeal Geraldo Majella Angelo, arcebispo de Salvador; Cardeal Claudio Hummes, prefeito emérito da Congregação para o Clero; Cardeal Eusébio Oscar Scheid, arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro; e o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
Deixe seu comentário