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Freiras italianas sequestradas há três meses no Quênia são libertadas

Roma (Quinta, 19-02-2009, Gaudium Press) Foram libertadas hoje, em Nairóbi, as duas freiras italianas sequestradas há mais de três meses no Quênia. As irmãs Caterina Giraudo e Maria Teresa Olivero, de 61 e 67 anos respectivamente, haviam sido levadas de sua casa em El Wak, cidade que fica na fronteira queniana com a Somália. Cerca de 200 homens teria participado da ação armada.

Irmã Caterina e Irmã Maria Teresa, pertencentes Movimento Contemplativo Missionário Padre de Foucauld, de Cuneo, noroeste da Itália, trabalhavam havia muitos anos no Quênia quando sofreram o ataque. As duas religiosas prestavam serviços assistenciais à população local, especialmente aos refugiados somalis. Desde que o governo italiano e o Vaticano tiveram conhecimento do sequestro, deu-se início uma longa série de negociações políticas e diplomáticas que culminou, hoje, com a soltura de ambas.

Segundo o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, elas se encontram bem e estão na embaixada italiana em Nairóbi, no Quênia. Elas chegaram ao local de um voo de Mogadíscio, na Somália, e dentro de poucos dias devem voltar para suas famílias na Itália.

De acordo com Berlusconi, as tratativas para a soltura das freiras nunca foram interrompidas e foram conduzidas com “cautela e sigilo”. A comemoração veio também do Ministério de Assuntos Externos. “A bela notícia é o fruto de um forte empenho coordenado por todos os aparatos do Estado”, declarou hoje Franco Frattini, titular da pasta.

A notícia da libertação das religiosas foi acolhida com grande entusiasmo especialmente no meio religioso. Os sinos na sede da Comunidade do movimento ao qual as religiosas pertencem badalaram em tom de festa, ao mesmo tempo em que a comunidade se reunia em oração. “Estávamos todos na capela orando quando chegou essa belíssima e inesperada notícia”, disse à agência SIR (Serviço de Informação Religiosa) o irmão Giovanni Marinchino.

O Vaticano expressou, por meio do diretor da Sala de Imprensa, padre Federico Lombardi, “enorme alegria”. “Há meses que rezávamos por elas”, disse Lombardi que ressaltou, no entanto, que as atenções devem se voltar agora para “todos os demais que ainda estão em poder de sequestradores”.

Por telefone à Rádio Vaticana, as freiras manifestaram gratidão ao Papa por suas “repetidas intervenções” e pelas constantes orações. Segundo Caterina, as duas viveram meses de angústia, apesar de terem mantido, conforme suas palavras, uma relação “amistosa” com os sequestradores. “Eles queriam somente dinheiro”, explicou a religiosa.

 

 

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