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“Os professores têm a missão de semear valores humanos e cristãos”, diz arcebispo de Maringá

Maringá (Sexta-Feira, 15-10-2010, Gaudium Press) O arcebispo de Maringá, no Paraná, Dom Anuar Battisti, em seu mais recente artigo, intitulado “Aos professores com carinho”, fala um pouco da importância destes profissionais no data (Dia do Professor) em que o calendário nacional lembra deles, e dessa forma presta uma grande homenagem a estes, muitas vezes, não reconhecidos trabalhadores.

O prelado inicia o texto dizendo que não há nada melhor do que recordar, ou seja, trazer ao coração, aqueles homens e mulheres que marcaram a nossa vida desde a infância até a idade adulta nos bancos escolares. De acordo com Dom Anuar, a lembrança não acontece por saudosismo e muito menos para dizer que o passado era perfeito, mas sim para agradecer aqueles que no passado e no presente marcam o rumo de nossas vidas.

O arcebispo recorda então os tempos imemoráveis, em que rodeados de toda a precariedade, os estudantes eram envolvidos em um clima de confiança e bem querer, de um relacionamento onde os professores eram mestres, educadores, amigos e companheiros.

“A autoridade era respeitada. A relação de professor aluno era, em muitas vezes, melhor que a de pai e mãe. Agradeço os puxões de orelhas, os deveres de casa multiplicados, as conversas ao pé de ouvido aconselhando e incentivando a vencer os limites. Tempos que não voltam mais”, ressalta o arcebispo.

Conforme Dom Anuar, ensino e paixão, ensino e vocação, ensino e dedicação, ensino e sacrifícios sempre formam binômios inseparáveis. Segundo o religioso, ninguém é feliz ao realizar um trabalho por mera recompensa financeira, ou por que não tem outra coisa a fazer. “A realização pessoal em qualquer setor da vida humana vem de um chamado interior, de um desejo em ser alguém, deixando marcas não em livros, mas nos corações. E isso é vocação”, sentencia.

“Na prática de cada dia se sente logo quando alguém faz as coisas por vocação ou por uma profissão. Quem tem vocação sempre tem tempo, dedica-se a servir mesmo perdendo-se no tempo”, completa.

Enfatizando a diferença entre um e outro, o prelado explica que o profissional cumpre tarefas e o vocacionado cumpre uma missão, e assim é possível entender a vida dos professores e professoras. Dom Anuar afirma que na missão de educar, todos os professores e mestres, mais do que nunca são desafiados a resgatar a própria vocação e continuar cumprindo a missão de semear valores humanos e cristãos, mesmo tendo a impressão de perder tempo.

“Um é que semeia e outro é que colhe. Não se pode cansar jamais de lançar as sementes da educação feita por amor, mesmo em tempos difíceis como os nossos. Para ser um bom educador se deve pensar na paciência de um agricultor. Para ter dias felizes não se pode esperar resultados imediatos. Quantas vezes os pais, ao educar, têm a impressão de semear em terreno árido e sem futuro”, analisa.

Por fim, o prelado faz alguns questionamentos importantes: “o que será do mundo se os desafios e obstáculos que a Escola apresenta hoje vos vencerem pelo medo e pela angustia? Como vamos construir um futuro melhor se, no presente, não plantarmos valores pelos quais vale a pena lutar?”. E nos deixa um alento dizendo que mesmo que tudo possa parecer ruína, ali pode nascer um novo ser humano através da educação feita por amor.

“Neste dia elevemos ao Senhor da vida e da história um hino de gratidão pelos homens e mulheres que incansavelmente dedicam tempo e inteligência para aprimorar as mentes e moldar os corações dos pequenos e dos grandes. Obrigado professores! O mundo da educação precisa de vocês. As famílias precisam de vocês. A sociedade precisa de vocês. As igrejas precisam de vocês. Como diz a Palavra de Deus: Vocês são preciosos aos olhos de Deus”, conclui.

 

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