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“A presença cristã é uma necessidade para o Oriente”, declarou representante muçulmano no Sínodo

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Conselheiro político do Grão Mufti no Líbano se dirige aos Padre Sinodais durante Assembleia

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 15-10-2010, Gaudium Press) O período da tarde de ontem, quarto dia do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, teve como ponto alto as exposições de dois representantes muçulmanos aos 185 Padres Sinodais reunidos em assembleia. O conselheiro político do Grão Mufti no Líbano, Muhammad Al-Sammak e o professor de Direito da Universidade de Teerã, no Irã, Aiatolá, Mostafa Mohaghegh Ahmadabadi centraram seus discursos basicamente na busca pelo diálogo entre Cristianismo e Islã.

Ambos os palestrantes expressaram palavras de amizade e o desejo de diálogo e mudança da situação dos cristãos nos países árabes do Oriente Médio. Para eles, os cristãos do Oriente não são uma minoria casual; estão na origem da presença do Oriente antes do Islã e são parte integral da formação cultural, literária e científica da civilização islâmica. Contudo, é necessário, segundo os expositores muçulmanos, que haja um respeito mútuo entre as partes.

Entre outros assuntos abordados, Muhammad Al-Sammak fez questão de salientar que a presença cristã “é uma necessidade para o Oriente, e para o mundo inteiro”. Porém, segundo o conselheirio político, existe o perigo de uma queda desta presença no que tange a quantidade e qualidade, o que é uma preocupação tanto cristã quanto islâmica. “A emigração dos cristãos dos países médio-orientais é um empobrecimento da identidade árabe, de sua cultura e de sua autenticidade”, declarou.

 

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