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Papa se reúne com representante dos judeus do Sínodo para o Oriente Médio

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Entre outros assuntos, o líder religioso falou sobre as iniciativas da organização “Rabino para os Direitos Humanos”

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 14-10-2010, Gaudium Press) Participando como representante especial dos judeus na Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos do Oriente que acontece no Vaticano desde o dia 11 de outubro, o consultor do Grão Rabinato de Israel e diretor Internacional de Assuntos Inter-religiosos do Comitê Judaico Americano, rabino David Rosen, foi recebido ontem pela manhã, em uma audiência privada no Palácio Apostólico, pelo Papa Bento XVI.

Antes, porém, de se encontrar com o pontífice, o rabino discursou no Sínodo, onde falou sobre a relação entre Vaticano e Israel, assim como a situação dos cristãos e muçulmanos que vivem em território israelense. Foi abordado também pelo líder religioso a questão dos emigrantes cristãos, o conflito entre israelenses e palestinos e a iniciativa doas rabinos a favor dos direitos humanos.

“Os israelenses ainda têm um longo caminho até superar o passado negativo, mas não há dúvida que as atitudes mudaram”, comentou o rabino a respeito das atuais relações entre os judeus e os cristãos, para quem o processo de reconciliação e reconhecimento de cada povo vem do pontificado de João Paulo II e também de Papa Bento XVI, com as históricas visitas ao Estado de Israel e à Sinagoga de Roma.

“Estas reuniões e outros gestos, como o estabelecimento de relações bilaterais entre Israel e a Santa Sé, e a comissão bilateral do Grão Rabinato de Israel e o Vaticano, representam um estilo diferente de papado, que mostra a transformação nas atitudes cristãs e judaicas e que confirma o respeito e a amizade mútua”, afirmou o consultor.

O rabino comentou ainda sobre a situação dos cristãos no Estado de Israel. Segundo o rabino ela é determinada pelo contexto político e sociológico. “Cristãos, árabes, israelenses são particularmente minorias religiosas bem sucedidas. Eles representam altos padrões socioeconômicos e educacionais e assim como os emigrantes cristãos das últimas duas décadas dos países que formaram a União Soviética, aproveitaram a a igualdade perante a lei”, declarou;

A respeito da dramática situação dos palestinos cristãos, determinada pelo conflito entre israelenses e palestinos, rabino Rosen afirmou que ela deveria ser uma grande preocupação para ambos os judeus, os de Israel e os da Diáspora. “”Esta é uma fonte de muita dor”, sentenciou.

O representante judeu falou ainda sobre as iniciativas da organização “Rabino para os Direitos Humanos”, que luta para preservar e avançar a dignidade himana de todos, especialmente, dos vulneráveis. “Nós temos uma responsabilidade especial, em particular, pelos nosso vizinhos que sofrem”, ele disse. “Os frutos do trabalho da organização são visíveis como o livre movimento do clero e o crescente entedimento das necessidades das comunidades cristãs locais pelas autoridades”

Por fim, o rabino destacou a grande contribuição dos cristãos na sociedade israelense. “Eles desempenham uma papel desproporcional na promoção do entendimento inter-religioso e cooperação no país”, declarou.

 

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