“O Sínodo será mais breve que o normal porém muito intenso nas discussões”, afirmou Dom Nikola Eterovic
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 08-10-2010, Gaudium Press) O secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterovic, apresentou hoje pela manhã na Sala de Imprensa do Vaticano os detalhes do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que começa no próximo domingo, 10, com solene celebração eucarística presidida pelo Santo Padre na Basílica vaticana.
Conforme o prelado, o evento, pela primeira vez dedicado ao Oriente Médio, será mais breve que o normal – durará apenas 14 dias – porém será muito intenso nas discussões. O Oriente Médio representa “a variedade de tradições, de espiritualidade, de liturgia, de disciplina; uma grande riqueza a ser conservada não somente para as Igrejas Orientais Católicas”, declarou.
Informando os detalhes do evento, o secretário-geral disse que o Sínodo se ocupará dos 16 estados do Oriente Médio, cujos católicos, 5,5 milhões, representam apenas 1,6% da população e que participarão do evento 184 padres sinodais, entre os quais 101 ordinários das circunscrições eclesiásticas do Oriente Médio, 23 da Diáspora e 19 dos países limítrofes da África do Norte e do Leste, além de sacerdotes vindos da Europa e das Américas do Norte e Latina.
Dom Eterovic informou ainda que a Igreja Católica será representada, no Sínodo, por todas as tradições: latina e as seis Igrejas Orientais católicas “sui iuris”: a copta, a síria, a grego-melquita, a maronita, a caldeia e armena. Segundo o secretário, por causa da brevidade do evento, Bento XVI convidou “ad onorem” dois presidentes delegados: o patriarca de Antioquia dos Maronitas, no Líbano, cardeal Nasrallah Sfeir e o patriarca da Babilônia dos Caldeus, no Iraque, Sua Beatitude Emmanuel III Delly.
No que tange a presença de líderes de outras religiões, o prelado confirmou a participação do diretor do Departamento das Relações religiosas da American Jewish Committee, o rabino David Rosen e de representantes islâmicos.
Em razão do tema central do Sínodo, pela primeira vez o árabe estará entre as línguas oficiais do evento, dividindo espaço com o italiano, o inglês e o francês, informou o secretário-geral. Já pela Rádio Vaticano, os trabalhos do encontro serão apresentados em diversas línguas, entre as quais, pela primeira vez o hebraico.
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