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“O verdadeiro filho de Maria é um cristão que reza”, diz arcebispo de Florianópolis

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“A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca  a única mediação de Cristo”

Florianópolis (Terça-Feira, 05-10-2010, Gaudium Press) “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”. É com essa saudação que o arcebispo metropolitano de Florianópolis (SC), Dom Murilo Krieger, inicia o seu mais recente artigo, intitulado “Aparecida: a Mãe de um povo”. Ele ainda lembra que este canto é elevado aos céus muitas vezes, todos os dias, em grandes igrejas, em pequenas grutas e em humildes casas. No entanto, em nenhum outro lugar essa saudação tem tanta força e sentido como em Aparecida.

O prelado afirma que poucos santuários marianos têm uma história tão simples como o de Aparecida. E relembrando um pouco o início dessa história, lembra como, em 1717, três pescadores lançavam as redes nas águas do Rio Paraíba e, de repente, encontraram um corpo e, depois, a cabeça de uma pequena imagem de cerâmica, enegrecida pelo lodo. Seguiu-se uma pesca abundante e, mais importante, começou naquela região um culto popular a Nossa Senhora da Conceição.

“No início, os encontros de oração eram nas próprias casas dos pescadores; depois, em pequenas capelinhas e, com o tempo, em igrejas cada vez maiores. Multiplicaram-se as graças, aumentou sempre mais o número de romarias e a imagem passou a ser chamada carinhosamente de Aparecida”, completa o arcebispo.

Dom Murilo faz questão de enfatizar que quando o Papa João Paulo II esteve em Aparecida, fez duas perguntas: “O que buscavam os antigos romeiros? O que buscam os peregrinos de hoje?” E naquela ocasião, ele mesmo respondeu: “Aquilo mesmo que buscavam no dia do Batismo: a fé e os meios de alimentá-la. Buscam os sacramentos da Igreja, sobretudo a reconciliação com Deus e o alimento eucarístico. E voltam revigorados e agradecidos à Senhora, Mãe de Deus e nossa” (04.07.80).

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Segundo Dom Murilo, poucos santuários marianos têm uma história tão simples como o de Aparecida

Outro fato mencionado e destacado pelo arcebispo, é que tempos atrás, alguém quebrou a imagem original de Nossa Senhora Aparecida, pensando, assim, destruir o culto mariano. E no meio de mil fragmentos foram encontradas, intactas, as duas mãos de Maria, unidas em oração. “O fato vale como um símbolo: as mãos postas de Maria no meio das ruínas são um convite a seus filhos para darem espaço em suas vidas à oração, ao absoluto de Deus, sem o qual tudo o mais perde sentido, valor e eficácia. O verdadeiro filho de Maria é um cristão que reza”, ressalta o prelado, citando as palavras do Papa João Paulo II.

Por último, o arcebispo salienta que, em Aparecida, Maria é invocada como padroeira e mãe, e a função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui a única mediação de Cristo; antes, manifesta sua eficácia. Lá também o povo se une a Maria através de muitas expressões de fé: celebrações, orações, novenas, rosário. E depois levam para suas casas e comunidades o que ali aprendem.

“Levam o apelo para, em família, ler diariamente a Palavra de Deus e rezar o Terço; para participar intensamente da vida de sua paróquia e para se dedicar aos mais necessitados. Descobrem que, dessa maneira, Maria Santíssima poderá, com mais facilidade, conduzir cada família pelos caminhos de Jesus”, conclui Dom Murilo.

 

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