“Como filhos desta querida Pátria, queremos seguir cuidando da Virgem de Luján”, disse ontem o arcebispo de Buenos Aires
Luján (Segunda-feira, 04-10-2010, Gaudium Press) Milhares de fiéis argentinos participaram ontem da 36ª Peregrinação Juvenil a pé pela Virgem de Luján. Eles percorreram quase 60 quilômetros do Santuário de San Caetano, localizado em um bairro de Buenos Aires, até a Basílica Nossa Senhora de Luján. Lá, em frente ao Santuário Nacional, participaram de missa concelebrada por bispos portenhos e ouviram a homilia realizada pelo arcebispo de Buenos Aires e cardeal primaz da Argentina, Dom Jorge Maria Bergoglio. Com informações da Aica.
Praça em frente à Basílica Nacional foi palco da missa em homenagem à Virgem de Luján |
Inspirado pelo lema da peregrinação: “Mãe, queremos uma Pátria para todos?”, cardeal Bergoglio iniciou seu discurso. Inicialmente, o prelado declarou que este ano – bicentenário de independência do país – a Casa da Virgem em Luján possui para a pátria argentina um significado muito especial. “Igual a nós hoje (…)”, disse. “(…) muitos vieram durante séculos até este lugar reconhecendo nas palavras do evangelho uma pertença, uma pertença de filhos”.
“Aqui, como filhos, renovamos a dignidade de pessoas, pois a Virgem Mãe nos leva a Jesus que nos ensina com sua Palavra e nos entrega a sua vida”, disse o prelado, complementando: “e aqui gerações de filhos, conhecidos e anônimos peregrinos da Virgem fizeram esta Pátria crescer, tendo deixado também este santuário, que foi construído com amor”.
Exortando os fiéis neste ano tão importante para a auto estima argentina, Dom Bergoglio continuou a pedir a atenção deles para a Nossa Senhora. “Como filhos desta querida Pátria, queremos seguir cuidando da Virgem de Luján”, disse o prelado, que destacou a necessidade de seguir confiando na Mãe de Jesus. “E se nossos ancestrais nos ensinaram a confiar na glória e na tristeza, porque visitaram a Virgem, nos confirmaram também o que o povo argentino sempre fez no santuário: confiar em quem prometeu cuidar deles”.
Por fim, Dom Bergoglio pediu, neste ano de começo de bicentenário argentino, que haja uma pátria para todos, sem excluídos e nem explorados, que “nos consolide como irmãos na herança patriótica entre nossos ancestrais. Que ninguém seja depreciado. Que não cresça o ódio entre nós. Que o rancor, essa erva amarga que mata, não crie raízes em nosso coração. Mãe, queremos uma Pátria renovada na fraternidade; Mãe, queremos uma Pátria para todos”, concluiu.
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