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“Mal-entendido”, não lavagem de dinheiro, afirma Padre Lombardi sobre as investigações no IOR

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 23-09-2010, Gaudium Press) “O esclarecimento é importante para evitar que informações imprecisas se espalhem”, e prejudiquem o bom nome do IOR (Instituto das Obras Religiosas, o “banco vaticano”), e aqueles que o gerenciam – declara Padre Federico Lombardi, em resposta a um artigo do jornal Financial Times sobre as investigações de lavagem de dinheiro envolvendo o banco vaticano.

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Para Padre Lombardi, esclarecimento é importante a fim de evitar que informações imprecisas se espalhem

“O problema atual foi causado por um mal-entendido (agora sendo examinado) entre o IOR e o banco que recebeu a ordem de transferência”, afirma o porta-voz vaticano. “O presidente Gotti Tedeschi tem trabalhado com grande comprometimento para garantir a absoluta transparência das atividades do IOR, e suas adequações às normas e procedimentos que permitem à Santa Sé ser incluída na Lista Branca. Para este fim, intensos e frutíferos contatos estão em desenvolvimento com o Banco da Itália, a União Europeia e com os organismos internacionais competentes: OECD e GAFI (“Grupo da Ação Financeira)”.

O presidente Gotti foi nomeado pelo Vaticano para chefiar o IOR em 2009 com a missão de “colocar ordem na casa” após escândalos passados, como o colapso do Banco Ambrosiano em 1982.

Na última terça, a Guardia di Finanze, polícia italiana financeira, congelou 23 milhões de euros mantidos pelo IOR em um banco italiano, Credito Artigiano, por duas transferências bancárias. O chefe do IOR, professor Ettore Gotti, e seu diretor geral, Paolo Cipriano, estão sob investigação por lavagem de dinheiro.

Padre Lombardi observa que “as transações sob investigação poderiam ter sido esclarecidas com grande simplicidade”.

IOR

O IOR (Instituto para Obras Religiosas), popularmente conhecido como o banco do Vaticano, é uma instituição privada fundada em 1942 pelo Papa Pio XII, conduzida pelo conselho dos cinco cardeais, além de um conselho administrativo e do presidente. “Não é um banco na definição normal do termo” – explica o Pe. Lombardi – já que o “Instituto administra os bens das instituições católicas” com um “apostolado religioso e caritativo, em nível internacional”. 

O Instituto, diz ainda o porta-voz do Vaticano, por seu status particular “no sistema e nos regulamentos do mercado financeiro internacional, requer uma série de acordos”. Como instituição do Vaticano localizado no território do Estado do Vaticano está “além da jurisdição e fiscalização dos vários bancos nacionais.”

 

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