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“Nosso povo almeja um clima de entendimento e reconciliação”, afirmam bispos da Venezuela

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Para CEV, anseios do povo vão de encontro ao clima de violência e corrupção que assola a Venezuela

Caracas (Quarta-feira, 14-07-2010, Gaudium Press) Terminou nesta segunda-feira, 12, a 94ª Assembleia Ordinária do Episcopado da Venezuela, que ocorria desde o dia 07 de julho em Caracas. Para concluir as atividades, os bispos e arcebispos da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) presentes ao evento redigiram e assinaram uma carta em que divulgam a exortação “Democracia e participação: compromisso de todos”.

Na exortação, os prelados se mostraram próximos às dificuldades que vivem o povo venezuelano, atualmente. “Nós, arcebispos e bispos, como irmãos e pastores da Igreja, compartilhamos, em fidelidade ao Evangelho, as angústias e tristezas da população, suas alegrias e esperanças, mostrando-lhes Jesus Cristo, único caminho de salvação, e contribuindo para iluminar as consciências ante as próximas eleições parlamentares”.

Os arcebispos e bispos também comentaram que a maioria do povo venezuelano anseia que seu país seja uma “casa comum (…) ampla, acolhedora, tolerante, pacífica e fraterna”, onde se cultive a liberdade e o respeito, e um país que se edifique “sobre os valores da paz, da justiça e da verdade”, para que seja herança das novas gerações.

“Nosso povo almeja um clima de entendimento e reconciliação. Aspira a viver em um ambiente de harmonia, confiança, segurança e esperança. E isto ele só pode obter na medida em que todos trabalhemos para alcançá-lo”, complementaram os prelados.

A respeito dos anseios do povo, os arcebispos e bispos afirmaram que eles se contradizem com “o clima de violência e corrupção que reina em muitas esferas da vida do país”, manifestada em mortes violentas, em diversas formas de insegurança, assim como no grande desperdício de comida e medicamentos.

Os prelados recordaram ainda a Carta Pastoral do Episcopado venezuelano, elaborada em janeiro passada, por ocasião das comemorações do bicentenário de Independência do país, e ressaltaram que o povo da Venezuela quer viver em uma democracia, “com participação real de todos, em um clima de liberdade e justiça social”.

Concluindo sua exortação, os religiosos animaram os venezuelanos a “ter esperança, confiança”, posto que “se são grandes os obstáculos que se hão de vencer, maiores devem ser os esforços pela reconciliação, paz e solidariedade (…)”. Para isto, segundo os arcebispos e bispos, deve-se contar com “a força de nossa liberdade e o auxílio do Senhor Jesus Cristo”.

Texto Original de Sonia Trujillo

 

 

 

 

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