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Visita à Sulmona em homenagem ao Papa Celestino V será a 19ª de Bento XVI na Itália

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Cidade de Sulmona receberá pela primeira vez em sua história a visita de um Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 02-07-2010, Gaudium Press) Sulmona, uma pequena cidade na região de Abruzzo, na Itália, é a última etapa das visitas pastorais do Papa Bento XVI antes de sair em férias. O pontífice vai à região no próximo domingo, dia 4 de julho, em homenagem aos 800 anos de nascimento do São Pedro Celestino, o Papa Celestino V.

Por conta do octogentésimo aniversário de nascimento do santo, foi instituído também o Ano Jubilar Celestino, que, iniciado no dia 28 de agosto de 2009, se conclui em 28 de agosto próximo.

Trata-se da 19ª visita pastoral de Bento XVI dentro da Itália, que acontece, inclusive, sob um tema: “Bendito aquele que vem em nome do Senhor”. Bento XVI será o primeiro pontífice a visitar Sulmona. Lá, renderá, pela segunda vez no decorrer de seu pontificado, uma homenagem a seu predecessor. A primeira vez ocorreu em 28 de abril do ano passado, quando visitou os atingidos pelo terremoto que arruinou a cidade de Aquila. Na entrada da Basílica de Collemaggio, gravemente danificada, o Papa parou para rezar diante das relíquias de Celestino V.

A visita pastoral de Bento XVI em Sulmona durará todo o domingo. Como de costume nas viagens papais, terá início com uma celebração eucarística, que será realizada na Praça Garibaldi. Na Casa Sacerdotal de Sulmona, o Santo Padre almoçará com os bispos de Abruzzo. O edifício, que foi restaurado e é onde se hospedam os sacerdotes doentes e idosos, levará o nome de Bento XVI.

A segunda etapa da visita será na Catedral local, onde o Santo Padre encontra os jovens e, ao final, venerará as relíquias do santo na cripta.

São Pedro Celestino

São Pedro Celestino V, nascido Pietro da Morrone, foi, em primeiro lugar, um monge beneditino. Foi ordenado sacerdote em Roma entre 1233-1234. Foi o Papa Gregório X que reconheceu canonicamente a Ordem fundada por ele. Após vários anos da vida monástica, foi eleito pontífice no conclave de 1294, em Perugia. Eram tempos nos quais a decisão dos cardeais era conduzida por uma delegação e a consagração e eleição aconteciam na presença do rei. Por isso, o então monarca Carlo II foi à Aquila para participar da cerimônia, da Igreja de Collemaggio.

O Papa Celestino V foi o único pontífice na longa história da Igreja que apresentou a demissão ao papado. O fez cinco meses após a sua eleição. Como afirmou o Papa Paulo VI em sua veneração ao santo: “Refulge a santidade sobre as falhas humanas: o Papa, como por dever, havia aceito o Pontificado supremo assim como, por dever, o renuncia; não por covardia, como teria escrito Dante – se as palavras de Dante se referiam mesmo ao pontífice – mas por heroísmo de virtude, por sentimento de dever. (..)”.

 

 

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