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Às vésperas da aposentadoria, Cardeal Kasper analisa seu trabalho no Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos

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Cardeal, com 77 anos, já passou em dois anos a idade prevista pelo Vaticano para se aposentar

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 25-06-2010, Gaudium Press) “Eu cheguei ao fim do meu serviço na Cúria e no Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Durante onze anos este tem sido para mim não só um desafio, mas um encargo de proximidade, uma experiência absolutamente marcante”. Essas são as palavras do cardeal alemão Walter Kasper, presidente do dicastério, durante coletiva de imprensa em que anunciou sua aposentadoria.

O cardeal completou 77 anos e, como presidente do Conselho Pontifício, passou em dois anos a idade prevista pelo Vaticano para a aposentadoria. Em seu lugar deve assumir o bispo de Basileia, na Suíça, Dom Kurt Koch. Em Roma, espera também pela nomeação do cardeal canadense Marc Ouellet como Prefeito da Congregação para os Bispos, no lugar do cardeal italiano Giovanni Battista Re, de 76 anos. Também é aguardado o anúncio do Papa de um novo dicastério da Cúria Romana, o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização do Ocidente, cujo cargo, estima-se, será de Dom Rino Fisichella.

“Os meus sentimentos são ambivalentes” – confessa o cardeal Kasper. “Aos 77 anos, ser emérito é uma coisa normal”, mas “deixo um trabalho que fiz com entusiamo, que sempre considerei como como um canteiro de obras da Igreja do futuro”. O presidente do dicastério para a Unidade dos Cristaos acrescenta ainda: “Foi um trabalho que me deu alegria”, e “deixo o posto com esperança”.

O cardeal alemão afirmou também que para ele o ecumenismo não é “um interesse privado”, mas um “serviço na Igreja, para a Igreja e pela Igreja” Ele agradece os seus colaboradores, sublinhando que “tudo o que conquistamos é mérito de toda a equipe”.

Respondendo a uma pergunta sobre os seus planos para o futuro, comentou: “Não será sem trabalho, não é possível me imaginar como um homem que simplesmente sai em aposentadoria. Isto para mim é um pouco difícil”. O purpurado pretende retornar ao seu ofício, isto é, à teologia. E permanecerá em Roma.

O cardeal é um dos mais ilustres purpurados na história moderna da Igreja Católica. Nasceu no dia 5 de março de 1933 em Heidenheim, na Alemanha. Foi ordenado para a diocese de Rottenburg-Stoccarda no dia 6 de abril de 1957 e obteve um doutorado em teologia na Facuçldade teológica de Tubinga.

Por três anos foi assistente de Leo Scheffczyk e Hans Küng antes de receber a sua habilitação, com uma tese sobre Filosofia e sobre Teologia da história. Ensinou Teologia Dogmática e foi decano da Faculdade de Teologia em Münster, e depois em Tubinga.

 

 

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