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Tratamentos adequados podem salvar mães e milhares de filhos, diz observador vaticano na ONU

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Segundo Dom Tomasi, a Santa Sé pede a “prioridade aos direitos das mães e das crianças”

Vaticano (Quarta-feira, 23-06-2010, Gaudium Press) Um dado preocupante: cerca de 350 mil mulheres podem perder a vida ao dar a luz aos seus filhos. Esta é uma estimativa apontada pelo observador permanente do Vaticano junto a Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Dom Silvano Maria Tomasi. Durante seu discurso na 14ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos, realizada no dia 14 de junho, Dom Tomasi classificou como “chocante” o número de mortes maternas.

Segundo o observador, a Santa Sé pede a promoção do recém-nascido e “prioridade aos direitos das mães e das crianças”.

O arcebispo pediu ainda à comunidade internacional que colocasse em ação e promovesse o direito à saúde e o acesso aos medicamentos. Segundo ele “estas estatísticas não trazem nenhuma surpresa porque a mortalidade materna e o óbito neonatal estão correlacionadas e indicam que muitas medidas que são destinadas a combater a morte da mãe contribuem, na verdade, para uma redução na mortalidade infantil”.

Dom Silvano Tomasi disse ainda em seu discurso que “três milhões de bebês morrem por ano durante a primeira semana de vida, enquanto outros três milhões nascem mortos; 2,3 milhões de crianças morrem anualmente durante o primeiro ano de vida”. Ele alerta que para reduzir estes números é necessário uma “renda per capita maior, acesso ao ensino superior para as mulheres e principalmente, aumentar a disponibilidade de cuidados médicos básicos, incluindo as parteiras”.

O representante do Vaticano fez ainda uma referência especial à África, afirmando que são necessárias algumas medidas urgentes como facilitar o acesso aos medicamentos antirretrovirais, cuidados pós-natal, melhorar as condições de transporte e das instalações médicas além de garantir um suprimento de sangue em boas condições e uma fonte de água limpa e antibióticos apropriados. A situação, segundo ele, exige ainda a implantação da idade mínima de 18 anos para o casamento e a maternidade.

 

 

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