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Vaticano lembra o septuagenário da morte de Pio XI

Cidade do Vaticano (Terça, 10-02-2009, Gaudium Press) Há precisos 70 anos, falecia aquele que é considerado um papa pioneiro no uso da tecnologia disponível para a divulgação da mensagem da Igreja: Pio XI. Se hoje o Vaticano lança mão de canais no YouTube e de site próprio para levar adiante as ações pontificais, passo importante para tanto fora dado por Pio XI. O predicado não é à toa, já que foi ele quem fundou, em parceria com o inventor do rádio Guillermo Marconi, a até hoje atuante Rádio Vaticana.

A primeira vez em que sua voz foi ouvida fora dos muros do Vaticano foi em latim e aconteceu em fevereiro de 1931, mesmo ano em que as já tensas relações da Igreja com o regime de Benito Mussolini ficaram ainda mais esgarçadas.

Biografia

Pio XI nasceu Ambrogio Damiano Achille Ratti, em Desio, província milanesa, no ano de 1857. Graças à sua sólida formação intelectual e ao seu prestígio entre as maiores instituições culturais do mundo, foi enviado, em 1918, como representante pontifício em Varsóvia, onde, no ano seguinte, foi nomeado núncio apostólico e ordenado bispo.

Em 1921, foi nomeado arcebispo de Milão e, no conclave de 6 de fevereiro de 1922, eleito sucessor de Bento XV com o nome de Pio XI.

O pontificado de Pio XI foi marcado pelo tenso período entre-guerras e pela oposição do papa aos regimes nazista e fascista. Em 1931, mesmo ano da primeira difusão da Rádio Vaticana, Pio XI publicou na língua italiana a encíclica “Non abbiamo bisogno”, em que criticava duramente o fascismo. Seis anos depois, publicava outra, a “Mit brennender Sorge”, desta vez em alemão e voltada para a condenação do regime nazista.

Apesar das relações nada amistosas com os regimes totalitários, Pio XI foi responsável pela costura e assinatura com o governo de Mussolini de um documento-chave para a igreja Católica, o Tratado de Latrão. Por meio desse documento, ficava garantida a soberania do Estado do Vaticano e o sumo-pontífice passava a ser reconhecido como chefe de Estado. Em contrapartida, o Vaticano renunciava a antigos territórios (denominados Estados Papais) e também reconhecia a soberania italiana sobre Roma.

 

 

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