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"A presença do crucifixo não é sinal de exclusão, mas de identidade, diálogo e respeito", declaram bispos italianos

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Para bispos italianos, a presença de símbolos religiosos reflete tradição de alto valor espiritual

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 17-06-2010, Gaudium Press) “A presença da cruz não é nem uma imposição nem exclusão, mas “reflete o sentimento religioso dos cristãos de qualquer denominação”, escreveram os bispos italianos na sua Declaração sobre a questão da exposição de símbolos religiosos cristãos”. A presidência da Conferência Episcopal Italiana (CEI) se reuniu ontem para discutir o tema em resposta à decisão da corte europeia dos direitos humanos de retirar o crucifixo das escolas alegando laicidade e liberdade religiosa.

Para a CEI, no entanto, a presença dos símbolos religiosos “exprime uma tradição” de “alto valor espiritual” e “sinal de uma identidade aberta ao diálogo com todos os homens de boa vontade, de apoio a favor dos necessitados e dos sofredores, sem distinção de fé, etnia ou nacionalidade”. A declaração assegura que as “Igrejas cristãs favorecem em todos os lugares o diálogo com outras Igrejas e religiões e agem como parte integrante das respectivas realidades nacionais”.

Segundo a declaração, a discussão se tornou uma questão “delicada”, e os bispos italianos querem levar em conta os sentimentos religiosos da população e o fato que “em todos os países europeus se afirmou e se está desenvolvendo cada vez mais positivamente o direito de liberdade religiosa, cuja exposição dos símbolos religiosos representa uma importante expressão”. Penalização pela presença dos símbolos religiosos seria exceder a relação entre Estados e instituições europeias “no respeito das tradições milenárias de cada povo e de cada nação”, dizem os bispos italianos.

Precedente

No último dia 3 de novembro, a Corte europeia dos direitos humanos (CEDU), em resposta à moção de uma mãe de origem finlandesa, estabeleceu que a exposição do crucifixo nas salas de aula é “uma violação” ao direito dos pais a educarem seus filhos segundo as próprias convicções religiosas e, além disso, ao direito dos alunos à liberdade de religião.

 

 

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