Primaz do Canadá afirma que Igreja está extenuada com perseguições, como os primeiros cristãos
Para cardeal Marc, é necessário purificar, mas reconhecer uma aberta oposição ao serviço da verdade |
Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 10-06-2010, Gaudium Press) Pelo segundo dia do Encontro Internacional dos Sacerdotes, o arcebispo de Quebéc e primaz do Canadá, Cardeal Marc Ouellet, conduziu nesta manhã na Basílica vaticana de São Paulo fora dos Muros, uma reflexão cenacular: “Cenáculo: invocação do Espírito Santo com Maria, em comunhão fraterna”.
As provações das perseguições como aquelas do início do cristianismo, e também as contestações sem precedentes são as experiências mais duras e difíceis da Igreja Católica de hoje, declarou o arcebispo na Basílica, em conexão com a Basílica lateranense.
“Hoje nós estamos assistindo o irromper de uma onda de contestação sem precedentes, sobre a Igreja e sobre o sacerdócio, seguida à revelação de escândalos, os quais temos que reconhecer o quanto são graves e temos que reparar com sinceridade as consequências”, declarou o cardeal.
Segundo ele, é necessário purificar, mas “reconhecer no momento presente uma aberta oposição ao nosso serviço da verdade” com alguns “ataques de fora e também dentro que miram dividir a Igreja”. O purpurado insiste que os sacerdotes precisam de unidade e de credibilidade entre si e compara a situação atual pela que passa a Igreja como aquela das “origens”, com as perseguições aos cristãos, quando as suas ações são “acompanhadas das provações das perseguições”.
Os sacerdotes trazem em si todas as “feridas da humanidade dilacerada pelos crimes, pelas guerras e pelas tragédias” e também as da Igreja, “principalmente aquelas que são motivo de escândalo e do afastamento dos fiéis e daqueles que não creem”, enfatizou o cardeal canadense.
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