“O sacerdote na confissão deve ser pastor, não operador social religioso”, diz cardeal alemão
Dom Joachim afirmou que é preciso mudar também o coração dos sacerdotes |
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 09-06-2010, Gaudium Press) “A Igreja é ‘Ecclesia semper reformanda’, e nela, tanto o sacerdote quanto o bispo são um ‘semper reformandus'”, declarou hoje o arcebispo de Colonia, Alemanha, cardeal Joachim Meisner, em meditação sobre “Conversão e Missão”, abrindo as celebrações da conclusão do Ano Sacerdotal promovidas pela Congregação para o Clero.
O cardeal alemão pediu aos sacerdotes presentes na Basílica de São Paulo Fora dos Muros e àqueles na Basílica de São João Latrão para novamente tornarem-se uma Igreja em caminho com os homens. “O padre deve ser confessor, não operador social religioso e a santificação dos fiéis na confissão deve ser o seu maior sucesso pastoral”, disse.
Para Dom Joachim, as crises da confissão na Igreja Católica têm sua raiz no ignorar desta obrigação por parte dos próprios padres. “É preciso mudar também o coração dos sacerdotes”, afirmou. Segundo o prelado, quando o sacerdote se afasta do confessionário, entra em uma grave crise de identidade. “O confessor deve escutar mais do que falar, pois se assim não for, entra facilmente em uma mentalidade funcionalista de mera técnica pastoral”, argumentou o cardeal, para quem o perdão na confissão é o bem mais precioso que um sacerdote pode dar a uma pessoa.
O prelado destacou também que as maravilhas de Deus não acontecem nunca sob os refletores da história mundial. “Elas se realizam sempre ao lado; justamente, às portas da cidade, assim como no segredo do confessionário” recordou, falando da conversão de São Paulo. “Aproximar a Igreja das pessoas é a missão dos sacerdotes de hoje concebida e presente desde o início do Cristianismo”, complementou.
Estiveram presentes na basílica lateranense mais de 3800 sacerdotes e na Basílica de São Paulo Fora dos Muros aproximadamente 6 mil.
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