Padre Jerzy Popieluszko é beatificado na Polônia
Padre Jerzy Popieluszko foi morto em 1984 |
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 08-06-2010, Gaudium Press) Em Varsóvia, capital da Polônia, foi beatificado na manhã do último domingo aquele que é considerado um dos mártires do movimento pela democratização da Polônia, o sacerdote Jerzy Popieluszko, morto pelo governo comunista em 1984.
Quem presidiu a celebração como enviado especial do Papa Bento XVI foi o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Dom Angelo Amato, que definiu o religioso como alguém que “somente com as armas espirituais da verdade, da justiça e da caridade, procura reivindicar a liberdade da sua consciência de cidadãos e de sacerdotes”.
Padre Jerzy, “desde o início do seu serviço sacerdotal, com zelo pastoral e natural bondade atraía os fiéis a Cristo”, e “tinha a capacidade de unir as pessoas provenientes de diversos ambientes e grupos sociais já que por qualquer um nutria um profundo respeito” observou na apresentação da figura do mártir o arcebispo de Varsóvia, Dom Kazimierz Nycz.
Em sua homilia Dom Angelo Amato disse que “Padre Jerzy era simplesmente um leal sacerdote católica, que defendia a sua dignidade de ministro de Cristo e da Igreja e a liberdade de todos aqueles que, como ele, eram opromidos e humilhados”.
Por uma ideologia que “não suportava o esplendor da verdade e da justiça”, prosseguiu o enviado do Papa, “o inerme sacerdote foi espionado, perseguido, capturado, torturado e jogado na água, ainda agonizante. Os seus inimigos, que não respeitavam a vida, não respeitaram nem mesmo a morte. O abandonaram, como se abandona a carcaça de um animal. Foi encontrado somente dez dias depois.”
Estavam também presentes à cerimônia de beatificação em Varsóvia a mãe do beatificado, Marianna Popieluszko, que comemorou recentemente 100 anos, seus irmãos e irmãs. “Deus lhe concedeu a graça de estar presente em 1984 no funeral de seu filho e agora poder se alegrar com a sua subida à glória dos altares”, afirmou, ao fim da cerimônia, o arcebispo da capital polonesa, Dom Kazimierz Nycz.
A missa foi concelebrada por diversos bispos e sacerdotes, e contou com a participação de outros representantes do Vaticano, como o cardeal William Joseph Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e com a presença de mais 150 mil fiéis.
A solene celebração aconteceu na Praça Maresciallo Pilsudski, então Praça da Liberdade na época comunista da Polônia, onde, na primeira viagem à sua pátria como pontífice, João Paulo II invocou a benção do Espírito Santo. Foi também nessa praça que o Papa Bento XVI celebrou a missa durante sua primeira viagem como pontífice.
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