Viagem do Papa a Chipre começa em atmosfera dolorosa após morte de vigário na Turquia
Dom Luigi Padovese estava com 63 anos e foi morto na sua casa em Iskenderun |
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 04-06-2010, Gaudium Press) “Um fato horrível, estamos consternados”; uma notícia “realmente dramática” foram as palavras do Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano e diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, ao comentar a morte de Dom Luigi Padovese, presidente da Conferência Episcopal Turca e vigário apostólico desde 2004 no país.
O prelado foi morto a facadas, ontem, na sua residência em Iskenderun. Antes do homicídio, o prelado havia encontrado um amigo sacerdote e também falado com autoridades turcas sobre os problemas das comunidades cristãs no país – ele trabalhava especialmente pelo diálogo ecumênico e com o Islã.
Segundo as investigações, as primeiras suspeitas recaem sobre seu motorista e colaborador, um muçulmano que há tempos trabalhava para ele e que nos últimos dias estaria passando por um desequilíbrio psíquico.
À Rádio Vaticana, Padre Federico Lombardi informou que o trágico acontecimento “dará um tom diferente” à viagem de Bento XVI a Chipre, “de grande intensidade à oração, de grande seriedade daquilo que está em jogo”. Dom Padovese deveria ir a Chipre para encontrar o Papa Bento XVI para a publicação do “Instrumentum Laboris”.
“Dom Padovese era um homem que trabalhava para instaurar um diálogo entre o Oriente e o Ocidente com base no testemunho, principalmente de São Paulo e de São João, através dos Simpósios anuais baseados nos estudos dos padres e das tradições cristãs que aqui são abundantes. Certamente é uma grande perda”, declarou o porta-voz vaticano.
O Cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal italiana, classificou o acontecimento como “bárbaro assassinato” e disse que em oração se une “à dor dos fiéis daquela Igreja”.
Dom Luigi Padovese tinha 63 anos.
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