Cardeal Bagnasco abre 61ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI)
Cardeal Bagnasco se preocupa com os jovens do país, cujo número de desempregados é grande |
Cidade Vaticano (Terça-feira, 25-05-2010, Gaudium Press) Declínio dos nascimentos, desemprego e leis que visam a “reforçar” a laicidade da Itália foram as preocupações expressas no discurso do presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, na abertura, ontem, da 61ª Assembleia Geral da CEI. As discussões dos bispos italianos acontecem esta semana em Roma sobre as “Orientações Pastorais” para a década 2010-2020.
“A Itália está caminhando para um lento suicídio demográfico: mais de cinquenta por cento das famílias hoje não têm filhos”, advertiu o presidente dos bispos italianos. No entanto, o Cardeal apreciou a sentença da Corte Constitucional italiana do último dia 14 de abril, que confirma a família fundada no casamento entre um homem e uma mulher. Ele deseja que o governo faça “uma política que seja orientada para os filhos”.
A sua preocupação é manifestada também em relação aos jovens, que estão, em cada vez maior número, desempregados. De acordo com ele, a Igreja esforça-se para ajudá-los, mas não consegue atender a todos.
Em seu discurso, o cardeal se refere também à sentença da Corte dos direitos do homem de Strasburgo, do dia 3 de novembro, sobre a presença do crucifixo nas salas de aula. “O Crucifixo nos lugares públicos remonta, na Itália, à época do Risorgimento (Ressurgimento – 1815-1870) e não certamente como fato confessional, mas como elemento fundado na tradição religiosa e nos sentimentos do povo italiano”, afirma o presidente da CEI.
O Cardeal Bagnasco comentou, por fim, os recentes escândalos sobre pedofilia na Igreja, expressando sua proximidade espiritual ao Santo Padre. “Joseph Ratzinger desenvolveu nesta tomada de consciência eclesial um papel constantemente propulsivo”, lembrou o purpurado, sobre a contribuição de Bento XVI quando este ainda era cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, na resolução dos casos na Igreja.
“Com ele a Igreja aprendeu e aprende a não ter medo da verdade, mesmo quando é dolorosa e odiosa, a não silenciá-la ou cobri-la”, acrescentou o cardeal Bagnasco.
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