Fundação Centesimus Annus realiza congresso em Roma sobre o bem comum
Presidente da Fundação Centesimus Annus, Domingo Sungranyes Bickel |
Roma (Sexta-feira, 21-05-2010, Gaudium Press) Realiza-se hoje em Roma, no Centro de Convenções “Matteo Ricci” da Pontifícia Universidade Gregoriana, o Congresso Internacional organizado pela Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, chamando “Desenvolvimento, progresso e bem comum”. Os trabalhos serão analisados a partir de três relatórios-base e por uma mesa redonda à qual intervirão docentes universitários e operadores econômicos que discutirão religião, diálogo e desenvolvimento social.
Domingo Sungranyes Bickel, presidente da Fundação, ao apresentar o evento declarou: “Na crise atual, o conceito de desenvolvimento econômico é profundamente colocado em discussão”. E acrescentou – como se lê no comunicado divulgado pela própria Fundação :
“Os grandes países emergentes estão mudando a geopolítica econômica. O maior bem-estar de milhões de pessoas, o consumo acelerado de matérias primas, os desequilíbrios financeiros mundiais entre países com excedente de exportação que financiam a imensa dívida dos Estados Unidos, representam realidades novas do desenvolvimento econômico mundial, enquanto nos países ricos ocidentais há desorientação, desocupação, falta de mercado para os jovens”, declarou, em reprodução da Rádio Vaticana.
Ainda conforme o presidente da Fundação, neste clima pode e deve assumir um papel central a ética econômica. Como afirma o Papa na sua encíclica”Caritas in Veritate”, a atividade econômica deve se tornar cada vez mais um lugar onde se manifesta a recíproca internacional e se priorizam relações humanas de colaboração.
Os núcleos centrais da jornada de estudos serão, de um lado, as dinâmicas do diálogo em matéria religiosa; de outro, de um ponto de vista decididamente econômico, os danos trazidos pela crise atual, agravados pela precedente fase especulativa. O presidente da Fundação Vaticana conclui a sua reflexão com confiança: “Deve-se esperar que a presente crise leve a um o incremento da cooperação internacional, a um maior respeito e compreensão e a instituições de governança multinacionais mais eficientes”.
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