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“CEN pretendeu transformar-nos em discípulos missionários de Jesus Ressuscitado”, diz arcebispo de Florianópolis

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Para Dom Murilo, 16º Congresso Eucarístico deu um passo além com seu lema: “Fica conosco, Senhor”

Florianópolis (Sexta-feira, 21-05-2010, Gaudium Press) Terminado o Congresso Eucarístico Nacional desse ano, o arcebispo de Florianópolis (SC), Dom Murilo Krieger, faz uma reflexão sobre o encontro em um artigo. O prelado inicia o texto ressaltando que os olhos da Igreja no Brasil se voltaram para Brasília, como, em 2006, se voltaram para Florianópolis, que sediou o 15º Congresso Eucarístico Nacional.

Naquela oportunidade, lembra o arcebispo, o lema abordado foi: “Vinde e vede! Ele está no meio de nós!” Já o 16º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou de 13 a 16 de maio, deu um passo além e, voltando-se para Cristo Eucarístico, dirigiu um pedido veemente: “Fica conosco, Senhor” (Lc 24,29).

Dom Murilo destaca que quem fez esse pedido a Jesus pela primeira vez foram os discípulos de Emaús. Ele faz um breve resumo desse momento, contando que Jesus havia se aproximado dos discípulos que, desanimados e tristes, voltavam para sua aldeia, isto é, para a rotina do dia-a-dia. Eles haviam seguido Jesus e posto nele suas esperanças.

“Tendo acreditado em suas palavras, esperavam dar um novo sentido às suas vidas. Mas ele havia morrido e, segundo pensavam, tudo se acabara. Caminhando com eles, Jesus ouviu suas histórias marcadas pela decepção. Quando, porém, começou a lhes falar, mostrou-lhes que a Cruz, longe de ser o final de tudo, é sinal de esperança, é porta que se abre para a vida”, relembra.

Foi assim, que repassando com os discípulos as Escrituras, ajudou-os a ler os acontecimentos do Calvário com novos olhos. Ele ainda salienta que Jesus falou-lhes do que já conheciam, mas que passava a ter novo sentido à luz da Ressurreição. “Tudo foi envolvido por essa luz quando, aceitando o convite que lhe fizeram – “Fica conosco, Senhor!”- Jesus sentou-se à mesa com eles e repartiu o pão, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”, diz.

Segundo Dom Murilo, somente a explicação das Escrituras não foi suficiente para abrir os olhos dos discípulos de Emaús e lhes fazer ver a realidade sob a perspectiva da fé. “Seus corações arderam, é verdade, mas o gesto essencial para reconhecerem Cristo, vivo e ressuscitado, foi o pão partido e repartido”, sublinha

Para o arcebispo, foi nessa hora que Cristo revelou sua intimidade aos companheiros de caminho, e eles, tendo reconhecido o Mestre, partiram com alegria para a missão. Deixaram sua aldeia e voltaram a Jerusalém, à procura dos outros discípulos, pois queriam comunicar-lhes o encontro que haviam tido com o Senhor, e assim se converteram em anunciadores do Ressuscitado, completa o religioso.

Por fim, o prelado diz que o 16º CEN pretendeu transformar a todos os participantes em discípulos missionários de Jesus Ressuscitado, em alegres anunciadores de uma certeza: “Sem Cristo não há luz, não há esperança, não há amor, não há futuro” (Bento XVI, Aparecida, 13.05.07).

“Unamo-nos, pois, ao grito da Igreja no Brasil: “Fica conosco!” Como em Emaús, Jesus se sentará conosco, tomará o pão, pronunciará a bênção, partirá o pão e o distribuirá. Com o fim do congresso, nos levantaremos e voltaremos para a nossa Jerusalém, contando a todos nossa experiência e enfrentando, com renovada alegria, nossa missão”, conclui.

 

 

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