Promoção da vida e direitos naturais do homem marcam penúltimo dia da Assembleia Geral da CNBB
Brasília (Quarta-feira, 12-05-2010, Gaudium Press) A defesa inconteste da vida em todos os seus âmbitos e a promoção da mesma em uma época na qual impera uma “cultura de morte” foram os tópicos que permearam as discussões plenárias desta quarta-feira, penúltimo dia da 48ª Assembleia Geral da CNBB. O encerramento do evento será celebrado com a conclusão de uma Santa Missa, amanhã.
Na coletiva de imprensa conferida nesta tarde sobre os principais temas abordados nas reuniões do dia, ficou patente o mote central de promoção à vida e defesa dos valores cristãos que regeu as discussões. Os bispos emitiram hoje uma Declaração sobre o Momento Político Nacional, da qual se destacam as críticas a pontos do recente Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3) apresentado pelo governo Lula, como a possibilidade da legalização de uniões homossexuais, da adoção de crianças por casais homoafetivos, da flexibilização da descriminalização do aborto e a retirada de símbolos religioso de espaços públicos.
Participaram da coletiva de imprensa o cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta; o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer; o bispo de Lorena (SP), Dom Benedito Beni dos Santos; e o bispo de Ponta Grossa (PR), Dom Sérgio Arthur Braschi.
Coube a Dom Orani dar início à coletiva, a última desta assembleia. Segundo ele, aproximadamente 35 assuntos foram abordados durante os dez dias de evento, entre temas paralelos e prioritários. O arcebispo lembrou que dois documentos emitidos hoje sinalizam a conclusão dos trabalhos da assembleia – a já citada Declaração sobre o Momento Político Nacional e a Carta dos Bispos aos Presbíteros.
Entre alguns dos temas abordados pelos prelados nas discussões de hoje, Dom Orani destacou também as reflexões sobre os 50 anos do anúncio do Concilio Vaticano II e o início, amanhã, do Congresso Eucarístico Nacional. Também foi discutido, segundo ele, um novo trabalho sobre comunicação na Igreja.
O cardeal Dom Odilo, segundo a falar, fez questão de vaticinar que “a CNBB não está contra os Direitos Humanos”, recordando que as críticas ao PNDH3 se referem a pontos que estão contra fatores teológicos, cristãos e antropológicos.
Para Dom Odilo, há uma “pretensão” de se fazer passar por direitos humanos universais direitos na verdade privados, de grupos particulares, e que de alguma forma são “até impostos” a todos os demais. Ele destaca que a Igreja sempre dará inequívoco apoio a defesa dos direitos humanos, mas lamenta algumas “distorções inaceitáveis” presentes no plano do governo.
Pedro Ozores Figueiredo
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