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Nova coletiva da Assembleia Geral aborda situação de bispos eméritos

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Em entrevista coletiva, prelados discutiram temas de grande relevância para a Igreja no Brasil

Brasília (Terça-feira, 11-05-2010, Gaudium Press) Quando um bispo completa 75 anos de idade deve apresentar ao Santo Padre a sua carta de renúncia. Sendo aceita, o prelado se torna emérito e passa o governo da sua diocese para outro bispo nomeado pelo pontífice , segundo prevê o Código de Direito Canônico. A situação desses religiosos, após a “aposentadoria”foi um dos temas abordados na coletiva de imprensa desta segunda-feira da 48ª Assembleia Geral da CNBB.

Segundo o bispo Diocesano de Santa Cruz do Sul (RS) e membro da Subcomissão para os Bispos Eméritos da CNBB, Dom Aloísio Sinésio Bohn, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está estudando a possibilidade de criar um fundo nacional de solidariedade aos bispos eméritos. Ele disse que “este fundo vai servir para auxiliar os bispos que têm idade avançada e precisam de mais atenção com a saúde”.

Dom Aloísio foi questionado sobre a possibilidade da CNBB criar uma casa especial para os bispos eméritos. Ele disse que o tema ainda não foi discutido, porém deu sua opinião afirmando que é “contra a criação de um depósito de bispos velhos”. Por outro lado, ressaltou que muitas dioceses possuem casas de padres que também são destinadas aos bispos eméritos depois que deixam o governo diocesano.

Ainda segundo Dom Sinésio, existem três pontos importantes sobre a posição da Igreja em estabelecer a renúncia dos bispos depois dos 75 anos. “O primeiro ponto é que a figura do bispo emérito renova a liderança da diocese. Depois vem a questão da reconciliação porque somos humanos e às vezes erramos e finalmente o fato de que um bispo com idade avançada deve ser poupado de tantas preocupações”.

No Brasil, segundo dados da CNBB, existem 149 prelados que já se tornaram eméritos, 297 bispos diocesanos na ativa.

Ação Evangelizadora

O tema foi abordado por Dom José Belisário da Silva, Arcebispo de São Luiz (MA). Segundo ele, “as diretrizes da
Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil são muito importantes porque norteiam a unidade da Igreja”.

Dom Belisário disse ainda que as Diretrizes entram no mesmo eixo do Documento de Aparecida no que diz respeito à direção da Igreja na evangelização do Brasil. “Nosso objetivo é que as atuais diretrizes possam ser revistas para chegarem às bases da Igreja”.

O arcebispo disse ainda que a preocupação do documento é estar sintonizado com a atualidade e “estamos consultando todos os bispos para que o texto seja voltado para a atualidade socioeconômica do país”.

 Foto: CNBB

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