Contra a violência na Venezuela, Conselho Nacional Laico convoca cidadãos para oração
Caracas (Quarta, 11-02-2009, Gaudium Press) O Conselho Nacional de Laicos da Venezuela afirmou, por meio de um comunicado, divulgado no último dia 6, °a situação de conflito crescente no país, manifestada em uma impiedosa violência, não apenas contra os indivíduos, mas também contra os valores religiosos e suas instituicoes° e convoca os cidadãos a um dia de Oração pela Paz, realizada nesta quarta-feira (11), dia de Nossa Senhora de Lourdes.
“Como católicos venezuelanos, rechaçamos o desprezo pela vida humana. Parece que a vida não vale nada”, diz o comunicado. “Não é apenas uma agressão contra uma paróquia, uma sinagoga, mas contra o Santo Padre e todo o catolicismo”. O texto ainda manifesta o desacordo do conselho com as constantes ofensas e ameaças contra a Conferência Episcopal e contra outros representantes da Igreja Católica, e também em relação ao ataque contra a Sinagoga Tiferet de Caracas.
Grupos supostamente aliados ao governo atacaram escritórios de políticos e instituições religiosas, entre estes dois ataques com gás lacrimogêneo contra o Núncio Apostólico, violentando uma sinagoga, em Caracas, e outra em uma paróquia católica do leste da capital. A escalada de violência começou depois da convocação dos cidadãos para participação no referendo do próximo dia 15, que trata da reeleição indefinida do presidente Hugo Chaves e de outros funcionários do governo.
“A religião é parte essencial da cultura dos povos°, diz o texto antes de lembrar que “o Estado tem a obrigação de respeitar a liberdade religiosa, direito fundamental reconhecido não apenas nesta Constituição, mas também nos instrumentos internacionais que tratam dos direitos humanos. Os atos violentos não correspondem ao sentimento dos venezuelanos, pacífico, tolerante e acolhedor por natureza°, critica o Conselho.
O arcebispo de Caracas, cardeal Jorge Urosa Savino, lamentou o vandalismo praticado contra a Igreja de San José de Chacao, cuja porta principal foi queimada, assim como uma das laterais. °Precisamos respeitar nossas Igrejas, nossos templos e ajudar a evitar a violência a todo momento°, afirmou o cardeal. O religioso diz ter esperança de que a votação do próximo dia 15 culmine em paz e que toda esta paz se espalhe para todo o território venezuelano e seus habitantes.
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