Festa da Cruz homenageia símbolo mais significativo do Cristianismo
Em alguns países, a cruz é adornada com flores e folhas secas |
Bogotá (Terça-feira, 04-05-2010, Gaudium Press) A Igreja Católica celebrou ontem o dia de Santa Cruz – festa da Cruz de Maio, ou das cruzes – para lembrar o objeto onde Jesus foi crucificado e que, desde sempre, foi considerado o símbolo mais significativo do cristianismo. Não foi em vão que São Mateus fez referência a ela em seu evangelho: “Então, aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu: e, então, lamentarão todas as tribos da terra e verão o Filho do Homem vivendo sobre as nuvens do céu, com poder e glória”.
A origem desta celebração, que, na atualidade, é uma festa popular com diferentes manifestações em vários países do mundo, data do século IV, no tempo de Constantino I, o Grande, de quem se diz, antes de enfrentar os bárbaros às margens do Danúbio, que teve uma visão no céu de uma cruz, acompanhada da seguinte frase: “Com este sinal vencerás”. A história, que para alguns é lenda, afirma que Constantino, imediatamente, mandou construir uma cruz, que foi colocada em frente a seu exército, e que venceu a batalha sem maiores problemas.
Mais adiante, continua a história, o mesmo Constantino encomendou à sua mãe, hoje Santa Helena, a missão de buscar a verdadeira cruz onde morreu Jesus Cristo. A mãe de Constantino assim o fez. Dirigiu-se a Jerusalém e com a ajuda de alguns sábios sacerdotes encontrou no Monte do Calvário três cruzes ensanguentadas. Narra a tradição que, para determinar qual era a cruz na qual havia sido morto Jesus, Helena pediu a pessoas doentes que tocassem, uma por uma, as três cruzes, notando que uma em particular os sanou.
Desde então – por ocasião do achado da cruz de Cristo, e por causa do desejo de Helena de comemorar a data em que encontrou o artefato – celebra-se no mundo inteiro a Festa de Santa Cruz.
A Festa de Santa Cruz pelo mundo
Na Espanha, por exemplo, na Festa das Cruzes, como é chamada no país europeu, constrói-se cruzes com flores, que são levadas em procissões pelas ruas. Em cidades como Granada, as ruas, praças, pátios e colégios são enfeitados com cruzes de flores, em sua maioria, cravos vermelhos e brancos.
Na Colômbia, também é costume local elaborar cruzes com folhas secas ou flores, e em lugares como Risaralda, Quíndios e e Antioquia existe ainda a tradição de comemorar o “Dia dos Mil Jesus”, que consiste em repetir mil vezes o nome de Cristo, com a crença e que Deus os protegerá durante todo o ano.
Já na Venezuela, os fiéis realizam o que se conhece como os “Velórios da Cruz de Maio”, uma festividade que combina as tradições espanholas com elementos indígenas e africanos. Para a ocasião, as pessoas adornam cruzes com fitas e papéis coloridos, com o intuito de expressar, de forma alegórica, o desejo de livrar Jesus da dor de sua crucificação.
E no Peru, esta festa é vivida de maneira muito particular na região de Tacna, localizada ao sul do país sul-americano. Lá, antes do dia 3 de maio, diferentes irmandades, constroem cruzes que são colocadas no alto de colinas. Uma semana antes da festividade, estas cruzes são baixadas e reunidas na Catedral de Tacna para serem veneradas durante todo o mês de maio pelos fiéis locais.
Texto original de Sonia Trujillo
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