Congresso promovido pela Conferência Episcopal italiana discutiu tecnologias digitais

Bento XVI ouve discurso do cardeal Angelo Bagnasco; pontífice participou do encerramento do Congresso

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 26-04-2010, Gaudium Press) A mídia é chamada a “abrir o caminho a novos encontros, assegurando cada vez mais a qualidade do contato humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais”, recordou o Papa sua última Mensagem para o Dia das Comunicações Sociais aos participantes do congresso “Testemunhas digitais. Rostos e linguagens na era digital”, promovido pela Conferência Episcopal Italiana (CEI).

Ao final do congresso, que teve início no dia 22 e terminou neste sábado, os participantes foram recebidos pelo Papa em uma audiência privada na Sala Paulo VI no Vaticano.

“Queremos avançar sem receios ao largo do mar digital, enfrentando a navegação que ali se abre com a mesma paixão que há dois mil anos governa a barca da Igreja”, afirmou o Papa. A Igreja é aberta e vê vantagens na mídia digital, mas reconhece também “os perigos da homologação e de controle, de relativismo intelectual e moral, já bem identificáveis na flexão do espírito crítico, na verdade reduzida ao jogo das opiniões, nas múltiplas formas de degradação e de humilhação íntima da pessoa”.

Segundo o Papa, a confiança da Igreja não é “acriticamente posta como um instrumento da técnica”. “A nossa força está em ser Igreja, comunidade crente, capaz de testemunhar a todos a perene nova do Cristo Ressuscitado”.

Por ocasião do encontro, o Cardeal Angelo Bagnasco, presidente da CEI, recordando o 5º aniversário do pontificado de Bento XVI, agradeceu ao Papa pelo “seu testemunho constante ao dizer que a “Igreja é viva” e que “a Igreja é jovem”.

O congresso “Testemunhas digitais. Rostos e linguagens na era digital” foi dirigido aos trabalhadores e aos animadores da comunicação e da cultura. Entre os interlocutores estiveram presentes Mons. Mariano Crociata, secretário geral da CEI; Mario Calabresi, diretor do jornal “La Stampa”; Lorenzo Lei, vice-diretor geral da emissora RAI; Marco Taraquinio, diretor do jornal “Avvenire”; Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano e diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Rádio Vaticana e o Centro Televisivo Vaticano.