Mortalidade de mães e bebês é vergonhosa para o mundo moderno, afirma arcebispo Migliore
Para arcebispo Celestino Migliore, tratamento pré-natal é indispensável |
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 14-04-2010, Gaudium Press) As “mortes de mães e bebês são sempre mais vergonhosas especialmente porque são facilmente preveníveis e tratáveis”, declarou o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente da Santa Sé na ONU em Nova York, durante a 43ª Sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento, dedicada à saúde global, morbidez, mortalidade e problemas de desenvolvimento, que ocorreu no último dia 12.
Em seu discurso, o arcebispo enfocou dois pontos: a crise demográfica e a morte materna, a qual 99% ocorre em países em desenvolvimento. O crescimento da população anual em várias partes do mundo caiu de 7% para 1%, “e mesmo a imigração não parece resolver os problemas em curto prazo”, afirmou ainda Dom Migliore.
Há um número crescente também de mulheres sofrendo danos perenes às suas saúdes, ao mesmo tempo em que sofrem um isolamento social. O observador vaticano expressou ainda a indispensabilidade do tratamento pré-natal, a importância de enfermeiros e atendentes capacitados em todas as áreas e a necessidade de tratamento especializado para complicações resultantes do parto.
Além disso, as doenças do aparelho digestivo e as doenças derivadas da desnutrição continuam sendo as principais causas de morte para as crianças de diversas regiões do mundo. Essas mortes são inaceitáveis, porque facilmente “evitáveis”, observou o prelado, acrescentando que nos países em desenvolvimento os programas que preveem tratamentos especializados assegurados às mães e a suas crianças não são adequadamente financiados.
Ao final, o observador Permanente da Santa Sé na ONU recordou que hospitais e clínicas católicas continuam na linha de frente em muitos países em desenvolvimento, “na assistência básica de saúde, em particular para os mais marginalizados da sociedade”.
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