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“Medicamento é Cristo, árvore da Vida”, explica Papa Bento XVI na cerimônia da Vigília Pascal

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Durante cerimônia, Papa administrou o Sacramento de Batismo a seis catacúmenos

Cidade do Vaticano (Domingo, 04-04-2010, Gaudium Press) O Papa Bento XVI presidiu na noite deste sábado na Basílica de São Pedro, a Missa da Vigília Pascoal, cerimônia que precede às celebrações do Domingo de Páscoa e encerra o período do Tríduo Pascal (Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado Santos). Na homília, o Santo Padre discorreu sobre a morte e o que afirmou ser uma tentativa desenfreada e frustrada do homem de tentar detê-la. Com informações da Rádio Vaticana.

No início de sua mensagem, o pontífice citou uma antiga lenda judaica contida no livro “A vida de Adão e Eva”. Na história, Adão, acometido por uma doença, envia seu filho Set junto com Eva à região do Paraíso em busca do óleo da misericórdia para salvá-lo. Lá, o anjo Miguel não entrega o óleo para Set, alegando que após 5.500 anos, o amoroso Rei Cristo, filho de Deus, viria para a Terra e untaria todos que acreditassem Nele com o óleo da misericórdia.

Após relatar a pequena lenda judaica, o pontífice faz uma alusão ao dias de hoje e à tentativa da ciência de enganar a morte. “Além de extinguir a morte, a ciência médica atual busca eliminar o maior número possível de suas causas, adiá-la sempre, procurar uma vida sempre melhor e longa. Isso é positivo, mas é preciso refletir, pois caso a morte fosse indefinidamente adiada, a humanidade envelheceria de forma extraordinária e não sobraria lugar para a juventude”, diz.

Conforme Bento XVI, os medicamentos contra a morte deveriam ser diferentes; não apenas levar a um prolongamento da vida e, sim, a uma transformação completa, criando em nós uma “nova vida”. Segundo o pontífice, este medicamento é Cristo, árvore da vida, o qual deve ser absorvido pelos cristãos após a renúncia à verdadeira vestimenta da morte que são os pecados.

Ao final da celebração, como de costume, o Santo Padre administrou os sacramentos do Batismo, da Primeira Comunhão e da Confirmação a seis catecúmenos preparados pelo Vicariato de Roma: dois homens; um do Japão, outro da Rússia; e quatro mulheres: duas da Albânia; uma da Somália e outra do Sudão. O Papa ainda realizou na cerimônia, que incluiu a uma Liturgia da Palavra e uma Liturgia Eucarística, a benção do fogo novo no adro.

 

 

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