Gaudium news > Segunda pregação para a Quaresma foi dedicada ao sacerdócio

Segunda pregação para a Quaresma foi dedicada ao sacerdócio

Frei-cantalamessa.jpg
Segundo Frei Cantalamessa, o mistério sacerdotal adquire dua força do sacrifício de Cristo

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 15-03-2010, Gaudium Press) O pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, dedicou nesta última sexta-feira, 12, na Capela Redemptoris Mater da residência apostólica, sua segunda meditação para a Quaresma, dedicada à figura do sacerdote e ao dom da Eucaristia.

Na presença do Papa e da Cúria Romana, o frade capuchinho afirmou que o mistério sacerdotal se funda no anúncio do Evangelho e adquire a sua força e eficácia do sacrifício de Cristo. Conforme o religioso, o sacerdócio cristão só se explica como dependência e como participação sacramental do sacerdócio de Cristo. Para Frei Cantalamessa, o presbítero no altar não representa somente o Jesus “sumo sacerdote”, mas também o Jesus “suma vítima”.

Neste contexto, Frei Cantalamessa complementou: “a oferta do sacerdote e de toda a Igreja, sem a oferta de Jesus, não seria nem santa, nem agradável a Deus, porque somos criaturas pecadoras. Mas também a oferta de Jesus, sem a oferta de seu corpo que é a Igreja, seria também ela incompleta e insuficiente, não no que diz respeito à salvação, mas para recebê-la.”

Em seguida, o Pregador da Casa Pontifícia se deteve sobre o sacramento por excelência, a Eucaristia, sinal concreto da graça e disse: “Jesus quando diz ‘Tomai o meu corpo’, nos dá a sua vida concreta, o seu ser vivido no tempo, as fadigas, as alegrias, tudo aquilo que preencheu a sua vida. Dizendo ‘Tomai, este é o meu sangue’, nos dá a sua morte. A Eucaristia é a semente da vida e da morte de Jesus”.

Conforme Frei Cantalamessa, aplicar essas palavras na vida cotidiana significa para um sacerdote oferecer tempo, recursos físicos e tudo aquilo que antecipa a morte como as mortificações e as enfermidades. “O dia inteiro e não somente o momento da celebração é uma Eucaristia”, observou.

De acordo com o frade capuchinho, a Eucaristia está profundamente ligada a todos os aspectos da vida e, em particular, ao trabalho “A Eucaristia é o fruto do trabalho do homem, mas não somente do trabalho agrícola, porque do trigo ao pão no altar tem o transporte, a transformação. Então, o trabalhador sabe que chega ao altar o fruto de seu trabalho, o seu suor está presente no produto que se torna oferta a Deus: a Eucaristia.”

Por fim, o Pregador da Casa Pontifícia salientou que a Eucaristia é alimento também para os jovens, sobretudo num mundo dominado pela instrumentalização do corpo, visto “como instrumento de prazer e de exploração”, finalizou.

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas