Igreja na Costa Rica defende a educação religiosa como um direito inalienável
Bispos da Costa Rica querem desenvolver marco jurídico para fortalecer a educação religiosa no país |
San José (Quarta-feira, 10-03-2010, Gaudium Press) Após a resolução da Sala Constitucional da Costa Rica, que anulou a faculdade concedida aos bispos pelo Regulamento da Lei de Carreira Docente, para o ensinamento da religião católica em escolas públicas, os bispos costarriquenhos defenderam a educação religiosa em seu país como um direito inalienável.
A mensagem foi publicada pela Conferência Episcopal da Costa Rica (Cecor), no último domingo, 05, após término de assembleia ordinária anual. “Respeitamos a decisão tomada pela Sala Constitucional, mas nos preocupa profundamente a insegurança e a confusão que a mesma causou nos professores e estudantes de educação religiosas, pais e mães de família”, expressaram.
Sobre a Educação Religiosa, os religiosos afirmaram que esta se fundamenta no direito inalienável que têm os pais de família católicos de educar seus filhos segundo sua fé. “É um direito humano que deve ser respeitado, sendo dever do Estado da Costa Rica se esforçar para que os pais encontrem esta educação nas instituições públicas de ensino”, acrescentaram.
Para sustentar a sua opinião, os bispos citaram o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, feito na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, no qual é afirmado que se deve respeitar a liberdade dos pais de dar a seus filhos a educação religiosa e moral segundo suas próprias convicções.
Os prelados informaram ainda que fizeram um chamado ao Ministério da Educação Pública da Costa Rica, para que, através da Cecor, crie e se consolide um marco jurídico que ampare o Departamento de Educação Religiosa como organismo que liga a Igreja do país ao Ministério da Educação, e se desenvolva, assim, uma missão educativa.
Por fim, os religiosos costarriquenhos exortaram as famílias católicas a se servirem das fortalezas que oferece o sistema educativo católico, “como contribuição insubstituível na formação humana e cristã de seus filhos”. E convidaram, também, os educadores de religião a assumirem sua profissão “como uma verdadeira vocação a serviço da formação integral de crianças, jovens e adultos”.
Texto Original de Sonia Trujillo
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