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Padre Lombardi manifesta repúdio por ataque contra minorias cristãs

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Para Padre Lombardi criticou também a fraca reação da comunidade internacional

São Paulo (Terça-feira, 09-03-2010, Gaudium Press) Diversas emissoras internacionais vêm repercutindo nos últimos dias o massacre de 500 agricultores cristãos na Nigéria, como consequência da escalada de um conflito étnico-religioso que ceifou a vida de mais de 5 mil pessoas desde 2001 no país mais populoso da África.

Sobre este assunto, o porta-voz do Vaticano e diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, denunciou, na última edição do programa “Octava Dies”, produzido pelo Centro Televiso do Vaticano, a perseguição a que são submetidas numerosas comunidades cristãs em países onde são minoria, como Iraque, Índia, Paquistão e em várias zonas da África, ressaltando que há especial crueldade para com os católicos.

“Novamente, nesses dias, recrudesceu a violência contra os cristãos”, afirmou o porta-voz. “Há algum tempo, tive em minhas mãos panfletos com ameaças terríveis que eram distribuídos sistematicamente em Mossul, no Iraque, nas casas dos cristãos, convidando-os a deixarem a cidade”. “Os recentes e brutais homicídios confirmam a mesma estratégia contra a qual as autoridades pareceram não serem capazes de apontar soluções eficazes. Como poderão sobreviver as comunidades cristãs nessas condições?”, expressou o sacerdote.

Padre Lombardi ressaltou que o ódio que esses crimes manifestam não se reveste de um caráter meramente cultural ou geopolítico, mas sim especificamente religioso, pois “são comunidades autóctones, perfeitamente integradas na cultura e na história local, da qual constituem um componente vital. Não é ódio contra o Ocidente ou o estrangeiro, mas contra a comunidade cristã”.

O fundamentalismo, causa eficiente destes ataques, se recrudesce sobre as comunidades cristãs onde elas são minoritárias, prossegue. “Em algumas regiões da Índia, as violações continuam, bem como no Paquistão e ouros países da Ásia ou África. O fundamentalismo religioso gera ódio e violência, e as minorias religiosas são os que pagam o preço”.

“É realista esperar uma defesa veemente de sua parte, ali onde é minoritária e não conta muito a partir do ponto de vista dos interesses políticos ou econômicos? Os cristãos, conhecedores do destino de seu Mestre, não podem assustar-se por serem perseguidos, porém a justiça e o direito deveriam valer em todas as partes, também para eles”, manifestou o sacerdote.

O porta-voz do Vaticano fez também uma dura crítica sobre a tíbia reação da comunidade internacional, e particularmente do Ocidente, ante esses ataques e sua causa.

“Com frequência, se efetuam chamados para a comunidade internacional para que se mobilize. No entanto, no panorama atual do mundo ocidental, muitas forças trabalham para contestar ou acabar com a presença cristã e sua influência nas áreas onde é, ou era, majoritária”.

 

 

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