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“Quaresma é um período de renovação da própria vida”, diz bispo de Porto Alegre

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Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida, diz Dom Remídio

Porto Alegre (Terça-feira, 09-03-2010, Gaudium Press) “A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão para nos preparar para a grande festa da Páscoa”, com essas palavras o bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), dom Remídio José Bohn dá inicio a sua mensagem sobre a quaresma, escrita especialmente para os leitores da Gaudium Press.

O prelado recorda em seu texto o apóstolo Paulo, que chama esse tempo litúrgico de “tempo favorável… deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5,20). Ele destaca que Cristo nos convida a mudar de vida, ou seja, retirar de nossos corações o ódio, o rancor, a inveja que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. “Aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição”, diz.

Durante esses quarenta dias de graça e renovação, observa o bispo, temos a oportunidade de viver intensamente a caminhada com Jesus rumo ao Calvário e ressuscitar com Ele para a Vida Nova. Dom Remídio salienta ainda a oportunidade de se unir de modo particular a Cristo, que empreendeu a sua missão indo para o deserto e ali jejuando durante quarenta dias e quarenta noites. “Na condição de discípulos seus fazemos nossa conversão pessoal, libertando-nos das amarras que nos prendem para viver com mais alegria e disponibilidade a missão”, acrescenta.

De acordo com Dom Remídio, desde os tempos antigos a Quaresma foi considerada como um período de renovação da própria vida. Sobre as três práticas a serem cumpridas – a oração, a penitência e o jejum -, ele comenta:

“A oração para pedir a Deus forças para converter-se e acreditar no evangelho; a penitência para dominar as paixões e o egoísmo; e o jejum para seguir o Mestre e ter força para esquecer-se de si mesmo e não pensar no próprio conforto, mas no bem do irmão”.

Para o bispo, o tempo da Quaresma é também um tempo de fraternidade. E cita, em sua conslusão, um trecho da homilia de Leão Magno: “‘Nós vos prescrevemos o jejum, lembrando-vos não só a abstinência, mas também as obras de misericórdia. Deste modo, o que tiverdes economizado nos gastos normais, se transforme em alimento para os pobres'”.

 

 

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