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Arquidiocese de São Paulo lança Campanha da Fraternidade 2010

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Segundo Dom Odilo, Campanha quer mostrar às pessoas que a economia deve favorecer a vida

São Paulo (Quinta, 18-02-2010, Gaudium Press) O arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, lançou, ontem à tarde, na sala Monsenhor Sílvio, da Catedral da Sé, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010. O lançamento foi precedido de uma coletiva de imprensa, acompanhada por Gaudium Press, na qual foram aprofundados os objetivos e exposta a metodologia da arquidiocese para a campanha nacional, que este ano versa sobre a economia e tem como tema: “Economia e Vida” e como lema “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6, 24).

Na ocasião, Dom Odilo afirmou aos jornalistas presentes que em tempos de crise econômica, nos quais muitas instituições financeiras tiveram problemas e postos de trabalho foram perdidos, a economia se tornou assunto de extrema relevância. De acordo com o arcebispo, a economia deve basear-se em princípios éticos sólidos, caso contrário, acabará agredindo a vida, fazendo muitas pessoas sofrerem.

Dom Odilo afirmou ainda que a economia deve ser um serviço para promover o bem comum, um conjunto de iniciativas para ajudar a todos e não um instrumento de promoção da desigualdade social, que prolonga a situação de pobreza não apenas de indivíduos ou de uma sociedade local, mas de nações inteiras, “que por mais que queiram continuam periféricas”.

Para o cardeal arcebispo, a campanha deste ano quer mostrar às pessoas que a economia deve ser colocada a serviço da vida, e não o contrário. E neste sentido, pondera que não apenas a vida humana deve ser preservada, mas toda a vida sobre a Terra. “Todos sabemos que a agressão à natureza acontece, justamente, por uma orientação econômica equivocada”, disse. Neste sentido, “a economia deve ser conduzida de forma que não agrida o meio ambiente e faça com que ela se torne uma ameaça ao próprio homem”, explicou.

Dom Odilo abordou ainda o caráter educativo da Campanha e disse que ela, como um lema religioso, também é um apelo direto à consciência. “Por isso mesmo, nós cremos que esses apelos possam surtir os seus efeitos com o passar do tempo”, assegurou.

Sobre as ações concretas da Campanha da Fraternidade na arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo destacou as atividades feitas nas paróquias, em cada domingo, nas escolas e nas famílias. “Depois haverá, claro, manifestações ao longo da Campanha, de cunho mais amplo, mais significativo”.

No próximo dia 20 de março, por exemplo, acontecerá o 4º Ato em favor da vida, que ocorrerá em paralelo às atividades da campanha e está sendo apoiado pela arquidiocese de São Paulo, segundo Dom Odilo. A manifestação começara ás 10h no viaduto Jacareí e seguirá até a Praça da Sé. Participarão do evento, que se posicionará contra a legalização do aborto no país, autoridades e entidades pró-vida.

Após o anúncio da abertura da Campanha da Fraternidade 2010, Dom Odilo celebrou a Santa Missa, na Catedral da Sé. Em sua homilia, discorreu sobre a importância do período quaresmal, tempo “que nos repropõe o caminho de Cristo, o caminho dos mandamentos, o Evangelho do reino de Deus como regra de vida”.

Por isso, segundo Dom Odilo, a Igreja no Brasil, durante o tempo da Quaresma, faz a Campanha da Fraternidade, que sempre escolhe um tema de apelo tanto à conversão pessoal como também à conversão comunitária e à conversão da sociedade. Conversão entendida, conforme o prelado, “como voltarmos para Deus novamente, se Dele nos afastamos”.

 

 

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