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Começa a 88ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal da Colômbia

Bogotá (Terça, 09-02-2010, Gaudium Press) Teve início ontem e seguirá até o dia 12 de fevereiro em Bogotá, capital da Colômbia, a 88ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC).

Com a presença de 90 arcebispos e bispos que representam as 76 jurisdições eclesiásticas colombianas, a Assembleia terá como principais temas as próximas eleições presidenciais, o estado de emergência social no país, o bicentenário de Independência da Colômbia, a reestruturação interna da CEC e o Ano Sacerdotal, entre outros.

O encontro é dirigido pelo presidente da CEC e arcebispo de Barranquilla, Dom Rubén Salazar Gómez, pelo vice-presidente e arcebispo de Popayán, Dom Iván Marín e pelo secretário geral, Dom Juan Vicente Córdoba Villota.

O primeiro dia da assembleia foi centrado em dois temas principais: os processos eleitorais que serão realizados na Colômbia neste ano e os debates em torno dos decretos do governo do país sobre a emergência social.

Ao fazer um chamado para dar uma atenção especial às eleições de 2010, Dom Salazar Gómez disse que o processo eleitoral “marcará o desenvolvimento imediato da vida da Colômbia” e afirmou estar convencido de que “só o Senhor, que é o Caminho, a Verdade e a Vida, poderá guiar-nos pelos caminhos da vida e da paz”.

O presidente da CEC ressaltou que os bispos não irão interferir na política bipartidária e não identificarão nenhum candidato para qualificá-lo ou desqualificá-lo.

“Nossa tarefa é conscientizar acerca dos grandes princípios que devem guiar as pessoas e as instituições, para que possamos alcançar uma convivência em que todos tenham acesso a nossos direitos e possamos cumprir nossos deveres”, disse.

Sobre os debates que na Colômbia se têm desenvolvido em torno dos decretos do governo sobre a situação do sistema de saúde no país, os bispos colombianos deram respaldo a esses debates: “O debate que se tem colocado é muito saudável porque permite que analisemos a fundo a problemática difícil e complexa que temos na saúde”, disse Dom Salazar Gómez.

O presidente da CEC assinalou, ainda, que tem sido positiva “a atitude e a decisão do governo de aceitar as críticas e observações” e de estar em sintonia de construir “juntos o que mais convém ao país”, assim como manejar o tema com cuidado sempre ao buscar a equidade e o acesso da saúde a todas as pessoas.

Milhares de colombianos manifestaram-se contrários no último sábado (6) em várias cidades da Colômbia e do exterior com as medidas decretadas pelo governo colombiano para tentar evitar o colapso do sistema de saúde.

Esses decretos com força de lei, ainda a serem examinados pela Corte Constitucional (CC), restringem a autonomia dos médicos para elaborar seus receituários, ordenam que os usuários com mais recursos assumam tratamentos de alto custo e estabelecem mais impostos sobre o consumo de cerveja, bebidas em geral, tabaco, entre outros assuntos.

O governo assegura que a autonomia dos médicos não está em risco e que a medida visa a garantir a cobertura da saúde de pelo menos 41 milhões de pessoas.

Com informações da Conferência Episcopal da Colômbia

Gaudium Press / Sonia Trujillo

 

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