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O homem não é dono da própria vida, que deve ser preservada e respeitada em cada estágio, afirma o Papa

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Bento XVI durante a recitação do Ângelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 08-02-2010, Gaudium Press) “Ninguém é, de fato, patrão da própria vida, mas todos somos chamados a protegê-la e respeitá-la, do momento da concepção até a sua morte natural”, afirmou o Santo Padre, ontem, ao recitar a oração do Ângelus. A veemente defesa da vida pelo Papa encontrou eco porque neste domingo, a Igreja celebrou pela 32ª o Dia Mundial para a Vida, com o tema “A força da vida, um desafio na pobreza”.

Como em todo domingo, o Santo Padre recitou a tradicional oração mariana do meio-dia da janela de seu escritório particular, voltado aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Bento XVI dedicou fortes palavras em defesa da vida em sua fala precedente à recitação do Ângelus. Segundo o Santo Padre, o atual período de crise econômica mundial acarretou em mecanismos “mais dramáticos” da pobreza e da desigualdade social, e fere e ofende a vida. Para Bento XVI, a situação requer um amplo esforço para “promover um desenvolvimento humano integral que supere a indigência e a necessidade e, sobretudo, mostra que o fim do homem não é o bem-estar, mas o próprio Deus”.

“O propósito do homem não está em seu bem-estar, mas na existência humana, que deve ser defendida e favorecida em cada um de seus estágios”, enfatizou o Santo Padre, cujas palavras foram recebidas com grande aplauso pela multidão presente na esplanada vaticana. Dela, faziam parte também representantes do “Movimento pela vida romana”, que portavam balões verdes e uma grande faixa com dizeres em prol da vida.

O Papa também falou durante o Ângelus sobre a necessidade de se reforçarem as vocações sacerdotais e religiosas na Igreja Católica. Explicando as leituras do dia, Bento XVI pediu a todos “que receberam o dom da vocação divina a não concentrarem-se sobre seus limites” e “pronunciarem o próprio ‘sim’ ao Senhor com alegria e dedicação plena, a fim de realizar a verdadeira vocação eclesiástica”.

O tema da vocação esteve presente também nas saudações aos fiéis em diversas línguas. Aos espanhóis, por exemplo, numerosamente presentes na Praça de São Pedro, o Papa disse:

“Saludo con afecto a los peregrinos de lengua española presentes en esta oración mariana, en particular a los fieles venidos de Caravaca de la Cruz, Alicante, Valencia, Villafranca de los Barros y Elche. A la luz de la Palabra de Dios que la Iglesia proclama hoy, invito a todos a suplicar fervientemente al Señor que suscite en muchos jóvenes el deseo de responder generosamente a su llamada, para que, dejándolo todo, consagren su vida por completo a la hermosa misión de ser mensajeros valientes de la buena noticia de la salvación, celebrar con dignidad los Sagrados Misterios y ser testigos fieles y convencidos de la caridad. Pidamos que en este camino se vean acompañados por la presencia amorosa de María, Madre de Jesús. Feliz domingo.”

 

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