Arcebispo Primaz do Brasil critica Programa Nacional de Direitos Humanos
Para o cardeal Majella, PNDH apresenta muitos equívocos “perigosos” |
Salvador (Sábado, 06-02-2010, Gaudium Press) Em recente artigo intitulado “Brasil: programa de direitos humanos e os equívocos para o desenvolvimento”, o Cardeal Geraldo Majella Agnelo também critica o Programa Nacional de Direitos Humanos, ao afirmar que os temas tratados são de “grande interesse”, mas os equívocos são “muitos e perigosos”.
Para o Cardeal Majella, o PNDH foi preparado sem uma ampla consulta à sociedade e que os pontos dos quais trata o programa se “parecem mais com proposições de forte conotação ideológica próprias de grupos minoritários do que com os direitos humanos propriamente ditos”.
Ao fazer referência a questão do programa que pretende descriminalizar o aborto, o purpurado recorda a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinalado seu terceiro artigo: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”.
“O PNDH quer descriminalizar o aborto, tornando-o legítimo e factível até o último dia da gestação. Isto contradiz frontalmente o espírito e a letra do artigo terceiro. Além disso, pretende fazer passar como direito universal à vontade de uma minoria, já que a maioria da população brasileira manifestou explicitamente sua vontade contrária”, observou.
Com relação à proibição de ostentar símbolos religiosos em espaços públicos, o cardeal, que também é arcebispo de Salvador (BA), ressalta que essa proposta demonstra a “origem ideológica de uma opção que um pequeno grupo quer impor ao país inteiro” e ressaltou que o “amor à religião caracteriza a sensibilidade e a cultura do povo brasileiro”.
Na conclusão do seu artigo, Dom Geraldo Majella afirma que se o Programa Nacional de Direitos Humanos continuar como está pode trazer “muitos sinais que parecem alimentar o atraso, o conflito e o mal-estar na sociedade”.
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