Bispo de Joinville (SC) faz reflexão sobre a Campanha da Fraternidade de 2010

Joinville (Sexta, 22-01-2010, Gaudium Press) O bispo da diocese de Joinville, localizada em Santa Catarina, Dom Irineu Roque Scherer, em sua reflexão semanal divulgada no site da diocese, aprofunda temas da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 (CF 2010), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que esse ano que tem como tema “Economia e Vida” e como lema “Não podes servir a Deus e a ao dinheiro”.

Para o prelado, a CF vem num momento muito oportuno em função da crise econômica mundial. Segundo Dom Irineu, o tempo de quaresma que se aproxima será um “tempo propício para refletirmos e acharmos caminhos que possam influir, quem sabe, numa mudança até de sistema no uso do dinheiro e dos bens da humanidade”.

A Campanha da Fraternidade desse ano se propõe, de acordo com o bispo, a unir sempre mais as Igrejas Cristãs e as pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, contribuindo para a construção de uma cultura de solidariedade e de paz.

O bispo de Joinville destaca, ainda, que o tema e lema ada CF 2010 busca propor uma experiência de economia que parte dos valores evangélicos e que a “experiência dos primeiros cristãos pode servir como luz e vida para os nossos dias”.

Dom Irineu prossegue dizendo que, nos dias atuais, “ouvimos cada dia mais se falar em economia solidária como também em economia de comunhão”. Esta última, segundo informações do próprio bispo, foi fundada no Brasil em maio de 1991 por Chiara Lubich e tem nas empresas a espinha dorsal do projeto, que objetiva a livre decisão de colocarem em comunhão os lucros obtidos.

Para sustentar sua afirmação de que a economia solidária também está crescendo e se espalhando por várias partes do país, Domm Irineu cita que as “experiências positivas acontecem na agroindústria, na agricultura familiar, em usinas, feiras, acampamentos, bancos administrados por comunidades, catadores e reciclagem de lixo, artesãos, grupos de educação”, entre outros. “Temos aí apenas alguns sinais de solidariedade econômica que vem crescendo, e certamente crescerá mais a partir da CF”, afirmou.

Ao concluir sua mensagem, o bispo diz que o próprio Deus na história da salvação demonstra o seu desejo de que toda pessoa humana tenha um vida digna e plena de valores. “Os antigos profetas, depois o próprio Cristo questionam o acúmulo de terras, bens, tesouros, dinheiro e poder. Se alguém os possui, que seja para servir os outros, de preferência os mais pobres da humanidade para que reine a justiça, a solidariedade, a partilha, o amor e a paz”.