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Em artigo semanal, arcebispo de Maringá (PR) trata das mudanças do Programa Nacional de Direitos Humanos

Maringá (Quarta, 20-01-2010, Gaudium Press) O arcebispo de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti, abordou, em seu artigo semanal, a “retirada de símbolos religiosos das repartições públicas”, a “despenalização do aborto” e a “legalização do casamento entre homossexuais”. Conforme texto enviado pela assessoria de comunicação arquidiocesana, Dom Anuar recorda o decreto publicado em dezembro de 2009 pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) que prevê essas e outras mudanças.

Com relação a retirada de símbolos religiosos, Dom Anuar salienta que essa medida não fere os direitos humanos, mas sim a liberdade religiosa de um país que nasceu sob o signo da cruz e observou que o Brasil foi chamado em primeiro lugar de “Terra de Santa Cruz”.

“O símbolo será sempre símbolo: os que acreditam, respeitam. Para os que não acreditam, não é necessário se incomodar. Se essa moda pega, corremos o risco de ver o Cristo Redentor, sinal visível do Salvador e marca registrada da cidade do Rio de Janeiro, monumento patrimônio da humanidade, ser demolido”, acrescentou.

Segundo Dom Anuar, outra medida com a qual não podemos concordar é a despenalização do aborto que o presidente Lula já até concordou em retirar do programa em função da pressão que sofreu por parte da Igreja Católica.

“Queremos e defendemos a vida desde a concepção até a morte natural. A vida é sagrada, como é sagrada a Palavra de Deus, a Bíblia”, ressaltou.

O prelado destaca também outra meta do Programa que diz respeito à legalização do casamento entre homossexuais. “Não condenamos os homossexuais. Respeitamos e acolhemos como pessoas humanas que precisam alcançar a perfeição como qualquer outro ser humano, mas a legalização não pode ocorrer, pois significaria “institucionalizar o pecado, deixando de lado toda e qualquer norma do evangelho”, assinalou.

“Condenamos o pecado, mas amamos o pecador. Se enveredarmos por este lado, não existirá mais referencial nenhum para a educação e a formação da consciência. Os valores da ética e da moral nunca poderão ceder aos caprichos do ser humano”, disse o arcebispo.

Outro ponto de discordância apresentado por Dom Anuar é oferecer aos homossexuais o direito de adoção. Para o prelado, o importante seria “facilitar” o direito dos casais que não podem gerar, ou mesmo tendo seus filhos queiram adotar outras crianças, sem passar pela enorme burocracia que existe nos casos de adoção.

“Certas práticas não podem ser o único critério para legitimar as mudanças. Será que não vamos chegar a legalizar a corrupção, a droga e outras práticas tão comuns no mundo de hoje?”, concluiu.

 

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