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Católicos chineses deveriam seguir os passos de Matteo Ricci, diz bispo de Xangai

Xangai (Segunda, 29-12-2009, Gaudium Press) Em uma carta divulgada no último dia 24 de dezembro, o bispo de Xangai, Dom Aloysius Jin Luxian, conclamou os fiéis chineses a se inspirarem nas qualidades de Matteo Ricci como uma forma de homenagear o missionário jesuíta na China e vivenciar o catolicismo.

Padre Matteo Ricci, um dos primeiros missionários católicos a chegar à China, no século XVI, é considerado um dos precursores do cristianismo no país. Ele conduziu na China uma intensa vida de oração apesar do duro trabalho cotidiano, e traduziu muitas obras em chinês com a colaboração de outro missioniário, Xu Guangqi.

Por ocasião das celebrações pelos 400 anos da morte do jesuíta, previstas para 11 de maio de 2010, em Pequim, o bispo de Shanghai, de 93 anos, escreveu a carta à comunidade católica para que aprenda o exemplo do jesuíta, segundo a agência de notícias Asia News.

A carta do bispo Jin, intitulada “Song of Li Madou” (A Canção de Matteo Ricci) não apenas exalta a contribuição do padre jesuíta à Igreja e à sociedade chinesas, mas também inclui as opiniões do bispo sobre Ricci no que diz respeito às trocas sino-ocidentais, e as qualidades de Ricci as quais os fiéis podem tomar como modelo, seguida de uma lista de livros escritos pelo jesuíta.

Bispo Jin arrolou algumas das qualidades do jesuíta que acredita que os fiéis podem seguir – a fé e devoção do padre Ricci a Deus, o amor pela cultura chinesa e respeito por professores e amigos, entre outras.

Enfatizando a importância da relação aluno-estudante, bispo Jin criticou a metodologia governamental atualmente em voga de cuidar da educação como um negócio voltado para o mercado, o que, segundo ele, deverá acabar enfraquecendo tais relações discente-docente.

“A educação não deveria ser somente um negócio conduzido pelo mercado; fiéis deveriam trabalhar e estudar mais, ao invés de gastar o tempo na frente da tv ou do computador”, afirma o bispo.

Ainda na carta, o bispo sublinha o estilo do missionário nas relações entre a China e o Ocidente, a sua amizade com os chineses e cita as obras escritas ou traduzidas por Matteo Ricci. E conclui com uma frase emblemática do jesuíta: “Na China chinesa, não permita que os chineses se tornem estrangeiros”.

 

 

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