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Associação de educação católica britânica critica obrigatoriedade de educação sexual nas escolas

São Paulo (Terça, 29-12-2009, Gaudium Press) O Serviço de Educação Católica para a Inglaterra e o País de Gales (Cesew, na sigla em inglês) disse hoje que a educação dos jovens nas escolas deve ser trabalhada no âmbito de um processo que os ajude a “desenvolver estilos de vida saudáveis e respeitosos da santidade da vida”. A entidade critica as novas e controversas medidas educacionais propostas pelo governo britânico, que instituem, entre outras coisas, a obrigatoriedade do ensino de educação sexual nas escolas a partir dos 15 anos.

As declarações do Cesew, agência que para a educação católica apoiada pela Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, constam de um documento divulgado pela entidade.

Tais normas, que segundo o projeto devem entrar em vigor a partir de 2011, abrangem todos os estudantes a partir dos 15 anos e não prevêem a possibilidade de isenção. De acordo com o Cesew, as novas diretrizes anunciadas pelo ministério da educação deveriam servir para reduzir o fenômeno do crescente número de gravidez que atinge as menores de idade.

A Grã-Bretanha, de fato, é onde se registra o mais alto número de jovens menores grávidas na Europa, as quais frequentemente recorrem à pílula para abortar. Segundo as normas vigentes atuais, os pais podem solicitar a exclusão dos filhos das aulas didáticas sobre sexualidade até completarem 19 anos.

Com a nova proposta, no entanto, além de tornar obrigatória a matéria para os alunos a partir dos 15 anos, foi decidido também que aqueles que não participarem das aulas, mesmo por motivos religiosos ou morais, serão penalizados com uma “falta injustificada”.

No documento, a instituição se exprime o desejo de que as propostas ajudem “a afirmar o valor da vida, contribuindo para fornecer um subsídio para a redução do número de menores grávidas e de abortos”. “Isto pode acontecer somente – lê-se ainda no documento – ajudando os jovens a ter mais estima por si e a crer no valor da vida matrimonial, protegendo-os das pressões externas que convidam as novas gerações a praticar uma vida sexual precoce e a ter relações sexuais fora do casamento”.

Em particular, no texto é ressaltada a importância da necessária colaboração entre pais, professores e comunidades paroquiais na educação católica dos jovens.

“Manter os jovens na ignorância dos fatos, ou mesmo impedir uma compreensão, adequada para a idade, das formas de contracepção e dos seus riscos, esconder as consequências negativas do aborto, não contribui para reduzir a gravidez na adolescência”.

“É melhor que esta aprendizagem tenha lugar no contexto do ensinamento da Igreja, mais que arriscar com que os jovens sejam mal informados por seus amigos, pela mídia, pela publicidade”, conclui o Serviço de Educação Católica para a Inglaterra e o País de Gales.

O governo britânico, por sua vez, enviou uma carta de apreço ao Cesew pela “significativa contribuição que as escolas católicas dão ao sistema educacional”.

 

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