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Em apresentação de credenciais de embaixadores, Bento XVI faz um novo apelo pela preservação do meio ambiente

Cidade do Vaticano (quinta-feira, 17-12-2009, Gaudium Press) “Quando o ‘ teor moral da sociedade’ (Ibid., 51) decai, os desafios enfrentados pelos lideres atuais apenas aumenta” – disse o Papa ao embaixador da Dinamarca em ocasião da apresentação das credenciais dos embaixadores. Hoje, Bento XVI recebeu oito novos embaixadores a Santa Sé vindos da: Dinamarca, Uganda, Sudão, Quênia, Casaquistão, Bangladesh, Finlândia e Letônia. Depois do enlace das relações diplomáticas da Federação com a Santa Sé em 2007, o novo e primeiro embaixador dos Emirados Árabes Unidos estava previsto, mas não pode vir por motivos que concernem à apresentação das credenciais, antes, na Espanha.

Continuando o tema do respeito pela criação no contexto da paz, o Santo Padre disse aos novos embaixadores,: “Os homens não podem decliná-lo, nem fugir a isto, passando a responsabilidade para as gerações vindouras. É evidente que a responsabilidade ambiental não pode ser oposta à urgência de pôr fim ao escândalo da pobreza e da fome.”- ressalta o Pontífice, no discurso dirigido aos novos embaixadores. “A contínua degradação do meio ambiente constitui uma ameaça direta à sobrevivência do homem e para o seu próprio desenvolvimento, podendo vir a constituir mesmo uma ameaça direta para a paz entre as pessoas e os povos”, afirma.

O bem do homem não pode se limitar ao consumo. “Em relação a isso, não é só às religiões, mas também ao Estado, que toca a responsabilidade de sublinhar e defender a primazia do homem e do espírito” continua o Papa. O Estado deve favorecer para todos “o acesso aos bens do espírito”.

Sobre o tema das religiões, Bento XVI diz: “a coexistência pacífica das diferentes tradições religiosas, no seio de cada nação, é às vezes difícil.” O Santo Padre ainda ressalta que “mais do que um problema político é também um problema religioso”. Conforme o Pontífice “a tão desejada paz só poderá surgir da ação conjunta do indivíduo – que descobre a sua verdadeira natureza em Deus – e dos dirigentes das sociedades civis e religiosas que, no respeito pela dignidade e pela fé de cada um, souberam reconhecer e dar à religião o seu nobre e autêntico papel de plena realização e aperfeiçoamento da pessoa humana”.

Ao embaixador da Dinamarca, o Papa elogia o comprometimento “amplo e multifacetado” do reino com as causas humanitárias, o comprometimento nas operações para a manutenção da paz e o desenvolvimento de projetos na África. Em ocasião da Conferência Climática, em Copenhaguen, Bento XVI observa que “um aumento globalizado de esforços mundiais para promover o desenvolvimento humano integral e uma ordem econômica sustentável deve levar em conta o relacionamento fundamental entre Deus, a criação e as criaturas”.

Bento XIV diz ainda: “De fato, o cetismo contemporâneo em face a retórica política e o crescente mal-estar com a falta de pontos éticos referentes aos avanços tecnológicos e ao mercado comercial indica as imperfeições e limitações encontradas em ambos, indivíduo e sociedade, e a necessidade da redescoberta de valores fundamentais, com uma profunda renovação, em harmonia com os desígnios de Deus”. (cf. ibid., 21).

Coragem e sacrifício são os pontos que “nos permitem imaginar um mundo melhor e nos encorajam a persistir, com a esperança que é necessária, para assegurar que a criação sagrada seja legada  às gerações futuras como uma condição para que elas também possam ver neste mundo um lar”, finalizou o Pontífice.

 

 

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