Gaudium news > A própria Igreja Católica é patrimônio da fé, diz o Santo Padre a bispos brasileiros

A própria Igreja Católica é patrimônio da fé, diz o Santo Padre a bispos brasileiros

Cidade do Vaticano (Segunda, 07-12-2009, Gaudium Press) Educação e Teologia da Libertação foram os temas da conversa do Papa Bento XVI neste sábado no Palácio Apostólico com os bispos da Regional Sul 4 da CNBB, que compreende o estado de Santa Catarina. Os bispos recebidos pelo pontífice foram o arcebispo de Florianópolis e presidente da Regional, dom Murilo S. R. Krieger; dom Luiz Carlos Eccel, bispo de Caçador; dom Augustinho Petry, bispo de Rio do Sul; dom Jacinto Inácio Flach, de Criciúma; padre João Oneres Marchiori, administrador apostólico de Lages; e padre Nilo Buss, administrador diocesano de Tubarão.

Os bispos das Regionais Sul 3 e 4 estão em Roma desde o dia 27 de novembro em visita “ad Limina Apostolorum”.

O primeiro discurso foi proferido pelo presidente da Regional Sul 4, dom Murilo S. R. Krieger – que completa hoje 40 anos de ordenação sacerdotal. Ele falou ao Santo PAdre sobre todos os detalhes da região eclesiástica e pediu-lhe que abençoasse “nossas famílias, comunidades de vida e de amor; nossos jovens que, como Vossa Santidade nos lembrou em sua Visita ao Brasil, são o maior patrimônio de nossas dioceses; e nossos doentes, sobre os quais pousa o olhar carinhoso de Cristo.”

O Papa, por sua vez, falou sobre as diferentes congregações que instituíram universidades no Brasil e comentou sobre as escolas católicas, cultura e ensino. “A escola católica não pode ser pensada nem vive separada das outras instituições educativas. Está a serviço da sociedade: desempenha uma função pública e um serviço de pública utilidade, não reservado apenas aos católicos, mas aberto a todos os que queiram usufruir de uma proposta educativa qualificada”, disse o Papa.

Porque a “Igreja foi sempre solidária com a universidade e com a sua vocação de conduzir o homem aos mais altos níveis do conhecimento da verdade” como “expressão da Igreja e do seu patrimônio de fé”, prosseguiu o pontífice.

Bento XVI lembrou os 25 anos da instrução da Congregação da Fé, de agosto de 1984, intitulada “Libertatis nuntius”, documento escrito pelo Santo Padre quando era ainda cardeal e prefeito do mesmo dicastério e falou sobre movimentos como a Teologia da Libertação.

“Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da Teologia da Libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55). Que, no âmbito dos entes e comunidades eclesiais, o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz.” declarou o Papa.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas